PCP preocupado com Centros de Saúde do distrito


Cuidados primários de saúde em risco


Os deputados do PCP, eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal questionaram o Governo sobre o que consideram a “degradação dos Centros de Saúde” da região, exigindo "um verdadeiro investimento nos cuidados de saúde primários".





Estado dos Centros de Saúde preocupa PCP 


Os deputados eleitos por Setúbal interrogaram o Governo sobre o " investimento e as dotações financeiras previstas para os cuidados de saúde primários da região de Setúbal em 2012 e quais os montantes de 2011 e 2012".
Em comunicado, os eleitos comunistas referem que embora o Governo “apregoe vezes sem conta o reforço ao nível dos cuidados de saúde primários (CSP) e que a prioridade é para estes, a realidade dos centros de saúde na região de Saúde é bem diferente” e classificam de “estranha” a forma de reforçar os CSP “quando se reduz o horário de atendimento como em Almada, Seixal, Barreiro, Moita ou Alcochete; quando se suspendem alguns programas, como o da diabetes, quando se condiciona ou limita o número de inscrições para consultas de doença aguda, significando que serão atendidos menos utentes, ou quando se verifica a carência de recursos técnicos e materiais como seringas, compressas, luvas, ligaduras, entre outros”.
Os deputados do PCP dizem ainda que Governo “está tão preocupado com os cuidados de saúde primários que, para além de não resolver a crescente falta de profissionais de saúde, sobretudo de médicos, enfermeiros, administrativos e auxiliares, ainda os agrava ao despedir profissionais, como se constatou com o despedimento de enfermeiros em alguns centros de saúde”.

Comunistas acusam Governo de desinvestimento
A título de exemplo, os deputados referem que “na unidade de cuidados de saúde personalizados do Centro de Saúde de São Sebastião, em Vale Cobro, foi despedida uma enfermeira, conduzindo à redução do horário de atendimento para os cuidados curativos. E no Centro de Saúde de Santa Maria, no Bonfim também foi despedida uma enfermeira na sequência de operação a que tinha sido submetida”.
Ainda segundo o mesmo comunicado, os exemplos denunciados são “reflexos da política de desinvestimento deste Governo, a par das imposições do Pacto de Agressão, de redução do Orçamento do Estado com a saúde, com consequências directas no funcionamento inadequado dos centros de saúde, face às necessidades das populações. Como consequência das políticas do Governo, o acesso aos cuidados de saúde está mais dificultado, os profissionais de saúde têm menores condições de trabalho e os centros de saúde funcionam em piores condições”.
Assim, os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e José Alberto Lourenço, confrontaram o Governo na Assembleia da República com esta realidade, e exigindo o “cumprimento integral da Constituição da República Portuguesa, cabendo ao Governo assegurar o direito à saúde a todos os portugueses. Um verdadeiro investimento nos cuidados de saúde primários é essencial para prevenir e promover a saúde, através do reforço da sua rede e próximos das populações e dotando-os dos meios técnicos e humanos necessários para garantir cuidados de saúde atempados e de qualidade”.
Os deputados do PCP também querem saber que medidas vai o Governo tomar para reforçar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários e para os dotar dos meios técnicos e humanos necessários.

Agência de Notícias 

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