Administração de Saúde aponta necessidade de reformas nas regiões
Depois de, a 3 de maio, o Correio da Manhã ter feito uma notícia com o título “Hospitais cortam nos remédios” - referindo que “oito hospitais estão com graves problemas financeiros”, aos quais se incluía o Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) -, o mesmo jornal publicou, dois dias depois, um direito de resposta sobre esta questão. Na declaração, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) nega que essas afirmações tenham sido prestadas pelo presidente da ACSS, João Carvalho das Neves.
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Administração do hospital envia direito de resposta ao Correio da Manhã |
No direito de resposta, assinado pelo próprio, João Carvalho das Neves aponta à primeira notícia do Correio da Manhã “incorreções graves e danosas para os utentes” bem como “citações indevidamente atribuídas ao presidente da ACSS, IP”.
Sobre os oito hospitais mencionados na notícia, a ACSS esclarece que os mesmos foram referidos, no âmbito da Comissão Parlamentar de Saúde, que teve lugar a 2 de maio, decorrente de “um acompanhamento orçamental, não tendo sido dito que os mesmos 'correm o risco de deixar de ter condições para continuar a prestar a assistência aos doentes’”.
A ACSS nega ainda que João Carvalho das Neves tenha dito que “as [respetivas] unidades não podem cortar mais na despesa.” “O que foi proferido pelo presidente da ACSS foi que: as decisões 'macro' da redução da despesa já fizeram o seu caminho e que agora deve dar-se lugar a medidas 'micro' que passam pelas decisões de redução de despesa ao nível de cada unidade hospitalar e as reformas ao nível das regiões”, pode ainda ler-se no esclarecimento desta entidade.
Conselho de Administração diz que medidas não afetam cuidados de saúde
O Conselho de Administração do CHBM diz “procurar dar cumprimento às orientações superiores, mas sempre com a preocupação de que as medidas implementadas não afetem a qualidade e a segurança dos cuidados prestados aos utentes do CHBM.”
Assim, no âmbito da gestão da despesa, o CHBM já implementou “medidas legais em vigor,” tais como: “a manutenção dos cortes nos vencimentos, a suspensão dos subsídios de férias e de natal, a redução do pagamento das horas extraordinárias, a negociação dos preços dos medicamentos e material de consumo clínico - com o objetivo de garantir melhores condições de fornecimento -, ou a aplicação da redução do valor contratual nos contratos de prestações de serviços”.
Agência de Notícias
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