Álvaro Santos Pereira admite estudar hipótese
O ministro da Economia mostrou disponibilidade para
discutir em concertação social a proposta da CGTP de aumento do Salário Mínimo
Nacional para os 515 euros, disse esta segunda-feira o secretário-geral da
central sindical.
Ministro admite aumentar salário mínimo |
"O ministro da Economia mostrou disponibilidade para
discutir o assunto na concertação social, agora vamos ver até que ponto essa
disponibilidade vai mais longe", afirmou aos jornalistas Arménio Carlos, à
saída de uma reunião com Álvaro Santos Pereira, no Ministério da Economia.
De acordo com o secretário-geral da CGTP, o "ministro
reconheceu" que Portugal está "numa situação em que é fundamental
dinamizar o mercado interno", o que passa, entre outras coisas, pela
melhoria dos salários e das pensões de reforma.
"Exigimos que haja da parte do Governo as medidas
adequadas para rapidamente aumentar o SMN em um euro por dia e também os
restantes salários. Se não o fizer, vamos verificar que estas políticas estão a
levar a classe média para a pobreza, os pobres para a miséria e os miseráveis a
ficarem fora das estatísticas", argumentou.
Arménio Carlos disse que, em Portugal, existem cerca de 400
mil trabalhadores com 432 euros de salário líquido, "abaixo do limiar da
pobreza, que são 434 euros".
O secretário-geral da CGTP recordou que a proposta de
aumento do SMN da central sindical inclui também uma redução dos preços da
energia, dos combustíveis e das telecomunicações para as famílias e para as
empresas e a abertura de uma linha de crédito, pela via da Caixa Geral de
Depósitos, para facilitar o financiamento das micro e pequenas empresas.
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, não prestou
declarações aos jornalistas no final do encontro.
Paulo Jorge Oliveira
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