Uma Luz na austeridade por Ana Esperança


De Ayres Gonçalo à Feira do Livro


Como sempre, caros leitores, tento trazer-vos boas noticias, bons exemplos, boas ideias e até muitos sorrisos. Já por diversas vezes partilhei convosco o valor e distinção de tantos portugueses por este mundo fora. O sapato italiano e a mala francesa já não são “fashion”, a moda agora, felizmente, é usar produtos nacionais. Cada vez mais reconhecemos a nossa qualidade e somos reconhecidos além-fronteiras.


A qualidade paga-se, é certo, mas compensa. Ao contrário das roupas pronto-a-vestir, estes fatos chegam a passar de geração em geração.
Segundo este jovem talento, o seu fascínio por tecidos, agulhas e tesouras veio do avô, Ayres Carneiro da Silva, famoso alfaiate do Porto que durante mais de 70 anos produziu fatos e outras peças. “Dizem que até os ministros se deslocavam de propósito ao Porto para se vestirem”.
Hoje em dia, com 82 anos, o Ayres sénior continua a ser uma referência para o neto. "O meu avô continua a ser uma peça chave, visita o atelier com regularidade e, quando temos dúvidas, sabemos que só o velho Ayres é que pode ajudar”, confessa o jovem alfaiate, sublinhando que o avô tem também “muito orgulho” no trabalho de Ayres Gonçalo e do seu sócio João Paulo Rodrigues.
Mais uma referência, portanto, no que de melhor se faz por cá.

Liberdade de leitura: 25 de Abril de 1974, não foi apenas revolução politica e militar. Foi revolução de conhecimentos, interesses e cultura. Na semana em que celebrámos os 38 anos da Liberdade de um povo oprimido até na sua educação, não pude deixar passar em branco o início da 82ª edição da Feira do Livro de Lisboa.
Sem tabus nem proibições, sem lápis azul nem cortes. Ou melhor, cortes só mesmo nos preços, que isto o tempo não está para gastos.
Com as cargas fiscais, a leitura ficou quase tão inacessível como durante a ditadura, valem-nos as feiras do livro e as campanhas que multiplicam nos híper e nas livrarias…
Mas, nenhuma campanha se compara á Feira do Livro de Lisboa. Os stands, o cheiro dos livros novos, as raridades nos alfarrabistas, os espaços infantis, as sessões de autógrafos e até o maravilhoso cheiro das farturas quentinhas entre linhas e linhas de cultura escrita.
Desde o passado dia 24, véspera da Revolução, até ao próximo dia 13 de Maio, o Parque Eduardo VII terá mais cor e alegria, bem cheio de livros e com descontos e promoções para todos os leitores.
A boa notícia é que, de acordo com o regulamento lançado pela APEL, a grande maioria dos artigos vendidos na feira devem ter um desconto que pode variar entre os 10 e os 30%. As promoções são ainda maiores nos períodos especiais "hora H", a serem devidamente determinados pela organização, e para obras apontadas como o "Livro do Dia" ou "Livro em Promoção".
A feira vai estar aberta de segunda a quinta-feira entre as 12h30 e as 23h e de sexta-feira a domingo das 11h à meia-noite. Conta ainda com um programa repleto de apresentações de livros, sessões de autógrafos e debates. Sem dúvida, um excelente programa para fazer em família, com amigos ou até mesmo sozinho.

Mais uma feira: Falando de feiras, no dia 1 de Maio a partir das 17h, no celebrado Dia do Trabalhador, decorrerá na LX Factory a Feira do Trabalho. Um excelente programa para quem procura trabalho ou tem vagas para oferecer. Alem disso, contará com a presença de peritos que ajudarão a criar currículos e procurar emprego.

Boa semana, boas notícias e boas leituras!


Ana Esperança
Pinhal Novo

Nos dias que correm as palavras de ordem são austeridade, crise e contenção…
Pois bem, caros leitores, é minha intenção nestas breves linhas dar-vos conta das boas notícias de que os canais de televisão não falam e as páginas do jornal apenas mencionam em letras tão pequenas que nem damos por elas. Chamemos-lhe “uma luz na austeridade”.
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