Mulheres podem ajudar o país a sair da crise


A situação das mulheres no mercado de trabalho foi  tema da concertação social

 A secretária de Estado da Igualdade defendeu ontem que as capacidades das mulheres devem ser usadas para ajudar o país a sair da atual crise económica, lembrando que são a parte da população com maior qualificação superior.



A situação das mulheres no mercado de trabalho foi hoje tema principal debatido, pela primeira vez, em Concertação Social e, no final, em declarações aos jornalistas, a secretária de Estado da Igualdade revelou, sem especificar, que a possibilidade de avançar com propostas que dessem origem a um documento resultado de acordo tripartido, não foi acolhida da mesma maneira por todos os parceiros sociais.
"Há quem receba a ideia com entusiasmo, há quem apresente reservas, nomeadamente por considerar que dado o momento grave de recessão económica em que vivemos, as prioridades para a Concertação Social deverão ser outras", adiantou Teresa Morais.
Ainda assim, de acordo com a secretária de Estado, da reunião resultou um "suficiente consenso sobre a utilidade que teria avançar para um enunciado concreto com propostas e a recolha de contributos".

Aproveitar a potencialidade das mulheres
Da parte de Teresa Morais, no entanto, a posição é a de que a crise não deve ser pretexto para não discutir a igualdade de género, defendendo que é em crise que talvez se possa aproveitar melhor as capacidades das mulheres para ajudar o país a sair da atual situação de dificuldade económica.
"Se calhar é porque estamos em crise que temos de aproveitar melhor as potencialidades das mulheres para ajudarem um país a sair de uma crise, dado aliás as mulheres serem a parte da população com maior qualificação superior e serem, ao mesmo tempo, as que têm menos capacidade de decisão", disse.
Na opinião de Teresa Morais, "todos os contextos são bons para discutir um direito fundamental" e o atual contexto de crise económica "pode aproveitar as potencialidades das mulheres no mercado de trabalho".
A secretária de Estado admitiu, no entanto, que há quem considere que este é um tema menor, apontando que "nem todos os parceiros atribuíram o mesmo grau de importância sobre o tema da igualdade", mas ressalvou que "todos os momentos são importantes para preservar e promover a igualdade entre mulheres e homens".

Agência de Notícias 

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