Médico Dentista foi constituído arguido
e está em liberdade
A prática era simples. Os polícias
e os familiares diretos tinham assistência garantida numa clinica da Amora,
concelho do Seixal, sempre que tivessem qualquer problema dentário. José Pedro
Casimiro, médico dentista, tratou da saúde oral de centenas de polícias e familiares,
apesar de muitos dos tratamentos serem fictícios. O sistema foi desmontado pela
Polícia Judiciária de Setúbal e, apesar do processo estar em investigação, o
ADN sabe que o médico dentista terá burlado os Serviços de Assistência na
Doença da PSP em largos milhares, com falsos tratamentos aos agentes e
familiares. Falta à PJ saber se houve, ou não, conivência dos polícias
em todo este processo.
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Esquema terá burlado Serviço de Apoio na Doença da PSP |
O dentista faturava, acredita a PJ, o
dinheiro das comparticipações da Polícia por consultas e complexas e
dispendiosas intervenções aos pacientes que nunca existiram.
Resta à investigação saber se os agentes e
familiares cujos nomes foram usados na burla, durante vários anos, estavam por
dentro do esquema do médico ou se este tinha tudo engendrado à revelia dos
falsos utentes, retirando sozinho os dividendos
O valor total da burla ainda não foi
apurada e também ainda há dúvidas de que os 200 polícias da Divisão da PSP do
Seixal estão envolvidos. Para já, José Pedro Casimiro, o dentista, é o único
arguido no caso.
Chefia da PSP disponível para colaborar
na investigação
A Direção Nacional da PSP está a colaborar com a investigação
da Judiciária de Setúbal, no sentido de apurar o real valor em que os seus
serviços foram lesados e se há elementos da própria Polícia coniventes com o
esquema de burlas em série. A investigação passará agora por ouvir todos os
envolvidos ao longo de vários anos – agentes da PSP e familiares diretos
(cônjuges e filhos), sendo que estes últimos são poucos, uma vez que há alguns
anos lhes foi retirado o direito aos Serviços de Assistência na Doença da PSP.
A PJ quer saber que tratamentos dentários fizeram e se são cúmplices do esquema
ou se o seu nome foi usado de forma abusiva. Na divisão da PSP do Seixal, há
cerca de 200 polícias divididos pelas seis esquadras locais.
Serviço de Assistência na
Doença achou “abusivo” o tratamento em nome dos agentes
A denúncia terá partido dos próprios
Serviços de Assistência na Doença da PSP, face às suspeitas de irregularidades
encontradas nas contas astronómicas a pagar ao médico do
Seixal. Da Implante Médico – assim se
chama a clínica da Amora – chegavam sucessivos tratamentos dentários em nome
das mesmas pessoas, agentes da PSP ou familiares.
O caso chegou à Judiciária de Setúbal,
que consultou nos serviços da PSP toda a documentação respeitante às dívidas
reclamadas por José Pedro Casimiro e encontrou indícios claros de crime,
consolidados recentemente na operação de buscas realizadas à clínica Implante
Médico na Amora. O dentista foi constituído arguido e aguarda o desenrolar da
investigação em liberdade.
Agência de Notícias
É triste saber que médicos dentistas fazem isto. Porque ganham dinheiro à custa daqueles que depois ficam sem estas regalias sem terem culpa nenhuma.
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