Tráfico e falsificação em trabalhadores da CM Almada


Funcionários da Câmara de Almada detidos

Três indivíduos que eram funcionários da Câmara de Almada foram detidos pela PSP, indiciados por tráfico de droga e falsificação, um subterfúgio que lhes permitiu entrarem para os quadros da autarquia.

PSP deteve três funcionários da  Câmara de Almada 

Um dos detidos é filho de um militar da GNR, mas o esquema envolvia um total de seis suspeitos, numa investigação que levou ainda na semana passada à inquirição de várias testemunhas, entre as quais mais funcionários da Câmara de Almada.
A investigação, a cargo da Esquadra de Investigação Criminal de Almada da PSP, começou em finais do ano passado na sequência da investigação a um casal de Almada, que vendia certificados de habilitações literárias falsos para conseguir a entrada na autarquia.
O casal fora detido há três meses, depois de denúncias chegadas à PSP, que a investigação veio a comprovar. A falsificação dos certificados seria feita pela namorada, com recurso a meios informáticos, e a venda renderia cerca de 300 euros, cada uma.
O próprio indivíduo tinha conseguido entrar nos quadros daquela autarquia, por concurso, mas as investigações da PSP, ainda em dezembro, vieram a revelar que mais gente estava envolvida, conduzindo a um total de seis detenções. As autoridades suspeitam da existência de cerca de pelo menos 20 certificados falsos, passados com recurso a certificados de habilitações das escolas secundárias da Alembrança, Francisco Simões e uma outra de Miratejo.
Dos seis detidos, três já estavam a trabalhar na Câmara almadense e os seus nomes tinham saído no "Diário da República", comprovando a legalidade da contratação. Um já estava a trabalhar na câmara há cerca de um ano, mas todos eles foram obrigados a deixar o serviço publico já este ano, na sequência das investigações da PSP.

Tráfico de droga descoberto na busca em casa dos arguidos

Os documentos falsos tinham permitido a cinco indivíduos a participação em concursos públicos, iludindo as exigências concursais e passando à frente de outros candidatos, que, esses sim, tinham as condições objetivas para concorrer e que foram preteridos.
Na sequência de buscas às residências dos arguidos, a PSP de Almada veio a confirmar a existência, também, do tráfico, faltando saber ainda de que forma os indivíduos estavam associados, para além da falsificação e uso dos documentos.
Foi apreendido também um bloco de apontamentos onde estavam inscritas as dívidas de clientes, pela compra de droga, mais de mil doses de haxixe e liamba, além de uma balança de precisão, parte deste material estava na posse do filho do militar da GNR.
As investigações não estão ainda concluídas e novas testemunhas foram ouvidas na semana passada pela PSP e pelo Ministério Público de Almada, incluindo funcionários da autarquia, para perceber até que ponto a autarquia e o Estado foram prejudicados.


Agência de Notícias 

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