Ministério da Saúde acompanha inquérito a erro médico


Inspeção-Geral das Atividades em Saúde segue Garcia da Orta

 A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriu um processo de acompanhamento ao inquérito que o Hospital Garcia de Orta instaurou ao corte de uma artéria em vez de uma veia que levou à amputação da perna de uma doente.

Ministério da Saúde quer seguir de perto Garcia da Orta

 A doente foi submetida a uma operação às varizes, mas na cirurgia foi cortada uma artéria em vez de uma veia, o que, após várias intervenções, obrigou à amputação da perna, pouco abaixo do joelho.
Fonte hospitalar disse à Agência Lusa que a médica responsável pela intervenção encontra-se de baixa psicológica e que está a correr um processo de inquérito aos acontecimentos que conduziram à amputação.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou um processo de acompanhamento ao inquérito do Hospital Garcia de Orta, o qual visa avaliar a investigação hospitalar. Para este processo, a IGAS deverá recorrer ao corpo de peritos deste organismo do Ministério da Saúde.
Fonte do Ministério da Saúde disse à Lusa que o Hospital Garcia de Orta já foi informado desta iniciativa da IGAS.
Lembre-se que ontem, ao ADN, Ana França, directora clínica do Hospital Garcia da Orta disse que “o hospital está a avaliar” o que aconteceu de verdade. "Em mais de 400 cirurgias anuais deste tipo no hospital, nunca aconteceu nada de semelhante", disse a médica.
Disse ainda a directora clinica que “assim que foi detectado o erro, foi tentada a reversão. Mas sempre que se tentava a revascularização, a lesão criava trombos [coagulação de sangue no interior do vaso sanguíneo]”. Terça-feira, Anabela foi sujeita à sexta intervenção cirúrgica após ter entrado no hospital: é amputada da perna esquerda, dez centímetros abaixo do joelho. "Tem fortes hipóteses de recuperar a função de marcha, com uma prótese", refere Ana França.

Paulo Jorge Oliveira 

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