Transportes Colectivos do Barreiro chegam à Moita

Carreiras começam a funcionar em Dezembro

Os Transportes Colectivos do Barreiro (TCB), um serviço municipalizado da Câmara do Barreiro, vão estender as suas carreiras rodoviárias ao concelho da Moita a partir do mês de Dezembro. O protocolo entre as duas autarquias foi assinado esta semana. Os autocarros dos Transportes Coletivos do Barreiro (TCB) deverão começar a operar no concelho da Moita no próximo mês de Dezembro. Os autarcas dos dois municípios reuniram-se "a bordo" de um autocarro, numa rua que une os dois territórios, e fizeram história ao assinarem  um protocolo de entendimento que prevê o alargamento do serviço dos TCB ao concelho da Moita, designadamente através da extensão de duas carreiras nº 1 e 2 à União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, e à freguesia de Alhos Vedros.
Presidentes assinaram protocolo esta segunda-feira num autocarro 

A medida resulta de um protocolo de entendimento – aprovado no mês passado pela Câmara da Moita - entre as duas autarquias, assinado nesta segunda-feira num dos autocarros da empresa na Estrada da Amizade, a estrada que divide os dois concelhos, na Baixa da Banheira. No mesmo dia foi realizado o percurso de autocarro pelas freguesias da Moita que vão passar a contar com os TCB.
Para o autarca do Barreiro, Carlos Humberto, “era um sonho com muitos anos”, adianta a autarquia em comunicado enviada ao ADN. O acordo entre os dois municípios ainda não tinha sido realizado “por razões legais”, revela o autarca. Carlos Humberto referiu ainda que “todas as regalias sociais que a população do Barreiro usufrui, como o Passe da Terceira Idade, o Passe + 80 e o Passe de Estudante” vão alargar-se à população das freguesias da Baixa da Banheira, Vale da Amoreira e Alhos Vedros, concelho da Moita.
Rui Garcia, presidente da Câmara da Moita, diz que a extensão dos autocarros do Barreiro à Moita “é um contributo significativo para a melhoria da mobilidade” dos munícipes, uma vez que o concelho da Moita apresenta problemas de mobilidade com os serviços da Transportes Sul do Tejo. É momento importante para nós, autarcas, mas também para a nossa população”, afirma, destacando a “grande qualidade, de excelência”, do serviço dos TCB.
O presidente da Câmara da Moita explicou que o novo serviço será "muito importante" para as populações da Baixa da Banheira, Alhos Vedros e Vale da Amoreira, tendo em conta a nova alternativa de mobilidade que vão ter ao seu dispor.
O vereador da Câmara do Barreiro responsável pelos transportes, Rui Lopo, refere que, “num momento em que, de uma forma geral, no País, se tem traçado um percurso de redução de serviços públicos, há um serviço importante para às populações, os TCB, que apresenta uma estratégia de alargamento – em contraciclo com a generalidade das decisões”.
 Rui Lopo, salientou, igualmente, “a importância desta medida para a mobilidade e, consequentemente, para a qualidade de vida das populações”, afirmando ser este um reforço “da imagem dos TCB como referência, além do Barreiro, também, já, nos concelhos vizinhos”. Trata-se de um anseio “com décadas” e, portanto, concluiu, “um marco histórico para as populações dos dois concelhos”.

Moita comparticipa nos títulos “bonificados”
De acordo com informações da autarquia da Moita, o protocolo entre os dois municípios estabeleceu que a Câmara do Barreiro tem o dever de cumprir os percursos e horários das carreiras, o suporte dos custos de operação e a manutenção da informação referente à oferta do transporte público. Para a autarquia da Moita, estabeleceu-se a obrigação de colocar locais de paragens de autocarro com identificação dos TCB e “preferencialmente com abrigos”, bem como organizar o trânsito de forma a uma melhor acessibilidade dos autocarros. A Câmara da Moita tem ainda de comparticipar os títulos “bonificados” dos utentes do concelho da Moita, segundo a mesma fonte.
O serviço complementar será prestado numa base tarifária de referência, mantendo os TCB o valor comercial dos títulos próprios, a sua validade temporal e espacial. O financiamento resultará de receitas próprias dos TCB – cuja rede permite acesso a inúmeros serviços, escolas e comércio, interligando-se com o sistema intermodal de transportes da Área Metropolitana de Lisboa – e da receita gerada pela procura face ao alargamento das duas linhas.




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