Governo garante médicos no hospital de Santiago do Cacém


Estado garante contratação de pessoal técnico para Hospital do Litoral Alentejano

A administração de saúde do Litoral Alentejano disse na sexta-feira que "aguarda para breve" autorização para contratação de pessoal técnico "para colmatar carências sentidas" no hospital local, em Santiago do Cacém, e que o Governo garantiu que o problema será resolvido ainda este mês. Esta é a resposta das autoridades de saúde ao documento da Comissão de Utentes de Santiago do Cacém que alertava para uma possível "rotura" por causa da falta de médicos e enfermeiros na unidade. 


Falta de médicos e enfermeiros preocupa Santiago do Cacém 
A Comissão de Utentes de Santiago do Cacém manifestou-se preocupada quanto à possível “rutura de vários serviços” do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, “incluindo a Urgência”, devido à alegada falta de médicos e enfermeiros na unidade. 
Em resposta a pedidos de esclarecimento sobre este problema, o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), explicou, em comunicado enviado ao ADN, que "aguarda, para breve, autorização para a contratação de enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes técnicos, de forma a colmatar as carências sentidas e evitar quaisquer falhas que possam afetar os serviços e os cidadãos que a eles recorrem".
O documento adianta que "a tutela referiu que o assunto se vai resolver este mês", garante o a administração do Hospital do Litoral Alentejano.
A Comissão de Utentes de Santiago do Cacém divulgou no final da semana passada, em comunicado, que os médicos e enfermeiros daquele hospital terão informado as respetivas ordens profissionais sobre a falta de recursos humanos existente naquela unidade hospitalar, situada naquele concelho.
“Recebemos, através de denúncia anónima, o texto que os médicos e os enfermeiros fizeram chegar à Ordem dos Médicos e à Ordem dos Enfermeiros”, cujo teor “é naturalmente preocupante”, disse à agência Lusa, Dinis Silva, da Comissão de Utentes.
No texto, divulgado pela comissão, “os médicos diretores de serviço e enfermeiros chefes/responsáveis” do  Hospital do Litoral Alentejano dão conta da sua “profunda preocupação” para com “a realidade que se vive nesta instituição devido à crescente diminuição de recursos humanos”.
Esta alegada diminuição de profissionais é sentida, “principalmente, nas áreas de enfermagem, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica”, a que se soma “a crónica carência de médicos”, pode ler-se.

Rotura nas escalas de urgência no Verão 
Os subscritores do documento referem que, no passado dia 24 de Junho, manifestaram “esta preocupação junto do conselho de administração” hospitalar, o qual, “até ao momento, não resolveu nenhuma das situações referidas”.
Aqueles profissionais dizem existir na unidade uma “discrepância acentuada entre as dotações de recursos humanos existentes e aquelas que são preconizadas pela Ordem dos Enfermeiros e Ordem dos Médicos, bem como pelo próprio Ministério da Saúde”.
A alegada “redução do número de elementos por turno nas equipas dos vários serviços”, situações de “exaustão” dos profissionais devido “ao excesso de horas extraordinárias, perda de folgas e descansos” e a existência de “equipas jovens com tempos desadequados de integração” são os problemas invocados.
No documento, os subscritores alertam para “a situação de rutura eminente nas escalas de urgência durante o período de verão”.
O que, a verificar-se, continuam, irá ter “consequências previsíveis de extrema gravidade, atendendo ao acréscimo substancial da população do Litoral Alentejano devido à atividade turística da região”.


Agência de Notícias















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