PSD falou de consolidação, crescimento e coesão


“Portugal viveu uma ilusão de prosperidade futura”

Pedro do Ò Ramos, deputado e líder do PSD distrital, A secretária de estado do Tesouro e das Finanças, Maria Luís Albuquerque e Manuel Pinto, secretário de estado do Mar, estiveram à conversa com militantes social-democratas no âmbito das II Jornadas do PSD dedicadas à Consolidação, Crescimento e Coesão, em Setúbal. Ó do Ramos defende que Portugal tem que deixar de ser um país voltado para os serviços e apostar cada vez mais na produção, pois só assim conseguirá gerar riqueza. Maria Luís Albuquerque defende uma discussão alargada das reformas a implementar e as que estão em curso, enquanto o secretário de estado do Mar valoriza aquilo que Portugal tem de melhor: o Mar.  

Maria Luís Albuquerque foi uma das oradoras do encontro do PSD 

O líder distrital social-democrata sublinha que é necessário apostar na industrialização e na produção, promovendo o empreendedorismo e a inovação. Estas declarações foram feitas no âmbito das II Jornadas do PSD dedicadas à Consolidação, Crescimento e Coesão, em Setúbal, onde foram apontados vários caminhos para a recuperação do país.
Pedro do Ó Ramos lembra que ao longo dos anos Portugal endividou-se e não cresceu. “Gastámos muito mais do que aquilo que podíamos, para além de não termos feitos os investimentos necessários. Agora estamos a pagar a factura que outros deixaram”, lembra o deputado da bancada “laranja”.
O líder da distrital do PSD critica ainda o afastamento do PS de todo este processo de salvação do país, ao não querer discutir a reforma do Estado. “Está a prestar um péssimo serviço a Portugal e aos portugueses”, afirma.
A cabeça-de-lista do PSD pelo distrito de Setúbal e secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, salienta a importância de se discutirem as reformas a implementar e as que estão em curso. A governante alerta também que o Estado “está demasiado caro” para a riqueza que o país produz.
“Ao longo de demasiados anos, Portugal viveu uma ilusão de prosperidade futura. Muitas das opções desconsideraram totalmente a sustentabilidade”.
A secretária de Estado do Tesouro e das Finanças recorda que em menos de 40 anos de regime democrático este é o terceiro pedido de resgate. “É uma situação que tem que ser analisada”, considera.

Portugal deve “pensar” o mar
No debate de soluções para o futuro do país, Manuel Pinto de Abreu acredita que o mar será determinante para o sucesso. O secretário de estado do Mar diz que Portugal “é hoje em dia um dos países mais reconhecidos ao nível do pensamento do que deve ser o mar”. “Há um ano e meio diziam que a Política Comum de Pescas ia ser um desastre. Hoje podemos que reconhece o que é a dimensão do espaço marítimo de Portugal”.
Manuel Pinto de Abreu diz ainda que as expectativas são de que os fundos aumentem, sendo esta uma evidência das reformas que têm sido levadas a cabo com os agentes do sector, dando como exemplo a certificação da sardinha.
“Somos dos poucos países, senão o único, que conseguiu, em dois anos consecutivos, aumentar as nossas quotas”, adianta Manuel Pinto.

Agência de Notícias 

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