Inês de Medeiros 'dá' pelouros importantes aos comunistas e garante estabilidade para o mandato
A Câmara Municipal de Almada prepara-se para um novo ciclo político entre 2025 e 2029. Após um mandato marcado por ruturas internas entre PS e PSD, que comprometeram a estabilidade da autarquia, os socialistas decidiram virar a página e chegaram a acordo com a CDU. O entendimento devolve aos comunistas três lugares no executivo e garante a Inês de Medeiros uma maioria confortável. A Iniciativa Liberal já criticou o arranjo, classificando-o como “desrespeito ao eleitor almadense”.![]() |
| PS e CDU selam acordo para nova maioria em Almada |
O município de Almada entrará no próximo mandato com uma solução de governação diferente da que marcou os últimos quatro anos. No mandato anterior, o PS de Inês de Medeiros contou com um acordo formal com o PSD, que incluía vereadores sociais-democratas com pelouros atribuídos. No entanto, divergências profundas entre as estruturas políticas acabaram por provocar ruturas internas e afetar a condução do maior município do distrito de Setúbal. O entendimento desfez-se e, perante a aproximação de um novo ciclo autárquico, os socialistas procuraram um diálogo alternativo, desta vez com a CDU, para assegurar estabilidade governativa.
Acordo com a CDU redefine o mapa político de Almada
Apesar das tensões entre PS e CDU durante a campanha eleitoral, as duas forças acabaram por formalizar um entendimento para o mandato de 2025-2029. O PCP anunciou que os comunistas regressam ao executivo oito anos depois, com três vereadores - dois a tempo inteiro e um a meio tempo - e com responsabilidades em áreas estratégicas. Luís Palma, candidato da CDU à presidência, torna-se assim peça central na nova configuração política.
O acordo, fechado na segunda-feira, dia 17 de Novembro, atribui à CDU a condução executiva de “Higiene Urbana e Frota”, “Intervenção Social e Saúde” e “Movimento Associativo e Casa das Associações”. A liderança dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), tema sensível durante a campanha, passa igualmente para os comunistas. A administração contará ainda com um vogal indicado pelo PS e outro nomeado por consenso entre ambas as forças, disse o PCP Almada em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias.
Recorde-se que o PS venceu as autárquicas com 29 por cento dos votos, elegendo quatro vereadores - insuficientes para uma maioria. A CDU conquistou 20,6 por cento e três mandatos, podendo bloquear decisões, mas acabou por se mostrar aberta a um entendimento político.
Apesar das tensões entre PS e CDU durante a campanha eleitoral, as duas forças acabaram por formalizar um entendimento para o mandato de 2025-2029. O PCP anunciou que os comunistas regressam ao executivo oito anos depois, com três vereadores - dois a tempo inteiro e um a meio tempo - e com responsabilidades em áreas estratégicas. Luís Palma, candidato da CDU à presidência, torna-se assim peça central na nova configuração política.
O acordo, fechado na segunda-feira, dia 17 de Novembro, atribui à CDU a condução executiva de “Higiene Urbana e Frota”, “Intervenção Social e Saúde” e “Movimento Associativo e Casa das Associações”. A liderança dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), tema sensível durante a campanha, passa igualmente para os comunistas. A administração contará ainda com um vogal indicado pelo PS e outro nomeado por consenso entre ambas as forças, disse o PCP Almada em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias.
Recorde-se que o PS venceu as autárquicas com 29 por cento dos votos, elegendo quatro vereadores - insuficientes para uma maioria. A CDU conquistou 20,6 por cento e três mandatos, podendo bloquear decisões, mas acabou por se mostrar aberta a um entendimento político.
Para o último mandato de Inês de Medeiros, os socialistas consideraram que negociar simultaneamente com PSD e Chega - que elegeram dois vereadores cada - complicaria a governabilidade.
PSD distancia-se e IL denuncia cedências “significativas”
A nível social-democrata, Paulo Sabino, presidente da concelhia do PSD, explicou ao jornal digital Almadense que a estrutura optou por manter “coerência” após chumbar o orçamento de 2025, recusando repetir o apoio concedido nos dois mandatos anteriores. Já Hélder Sousa Silva, eurodeputado e cabeça de lista às últimas autárquicas, reafirmou a sua indisponibilidade para integrar o executivo, invocando incompatibilidade com o Parlamento Europeu.
Esta terça-feira, dia 18, a Iniciativa Liberal reagiu de forma crítica ao acordo PS´- CDU. Para a IL, os socialistas entregaram à CDU áreas “essenciais”, como Higiene Urbana, Intervenção Social, Saúde e “a presidência dos SMAS - uma das estruturas mais importantes do município”. Em comunicado, a estrutura liberal considerou que esta distribuição devolve à CDU um poder “que os almadenses não lhe atribuíram nas urnas”.
Embora reconheça que o acordo é “institucionalmente legítimo”, a IL sustenta que configura “um desrespeito ao eleitor almadense”, afirmando que a hipótese nunca foi admitida durante a campanha. O partido garante ainda que manterá na Assembleia Municipal uma oposição “firme, vigilante e construtiva”, fiscalizando “cada decisão, cada euro gasto” e todas as consequências de um entendimento que, afirma, retira aos cidadãos “a clareza política que merecem”.
A nível social-democrata, Paulo Sabino, presidente da concelhia do PSD, explicou ao jornal digital Almadense que a estrutura optou por manter “coerência” após chumbar o orçamento de 2025, recusando repetir o apoio concedido nos dois mandatos anteriores. Já Hélder Sousa Silva, eurodeputado e cabeça de lista às últimas autárquicas, reafirmou a sua indisponibilidade para integrar o executivo, invocando incompatibilidade com o Parlamento Europeu.
Esta terça-feira, dia 18, a Iniciativa Liberal reagiu de forma crítica ao acordo PS´- CDU. Para a IL, os socialistas entregaram à CDU áreas “essenciais”, como Higiene Urbana, Intervenção Social, Saúde e “a presidência dos SMAS - uma das estruturas mais importantes do município”. Em comunicado, a estrutura liberal considerou que esta distribuição devolve à CDU um poder “que os almadenses não lhe atribuíram nas urnas”.
Embora reconheça que o acordo é “institucionalmente legítimo”, a IL sustenta que configura “um desrespeito ao eleitor almadense”, afirmando que a hipótese nunca foi admitida durante a campanha. O partido garante ainda que manterá na Assembleia Municipal uma oposição “firme, vigilante e construtiva”, fiscalizando “cada decisão, cada euro gasto” e todas as consequências de um entendimento que, afirma, retira aos cidadãos “a clareza política que merecem”.
Agência de Notícias
Fotografia: DR

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