Viagem de Setúbal a Braga termina com 232 kg de cocaína e prisão efetiva

Circulava sem luzes... e foi apanhado com droga no carro no valor de 4,5 milhões de euros 

Um motorista de TVDE foi condenado a quase seis anos de prisão depois de ser intercetado em Braga com 232 quilos de cocaína no carro. A droga, avaliada em 4,5 milhões de euros, estava escondida em nove caixas e daria quase 900 mil doses individuais. A viagem foi feita desde Setúbal. 
GNR intercetou veículo à saída de Braga

Motorista de transporte em veículo descaracterizado (TVDE), viajou de Setúbal até Braga para uma missão que acabou por lhe custar a liberdade: transportar cocaína. Foi condenado pelo Tribunal de Braga a cinco anos e 10 meses de prisão efetiva por tráfico de droga na forma simples, depois de ter sido apanhado pela GNR em Celeirós, à saída da cidade minhota, com mais de 230 quilos de estupefacientes no carro.
A detenção aconteceu a 7 de Setembro de 2024, durante uma patrulha da GNR. O Renault Clio onde seguia circulava sem luzes, o que levou à abordagem. Quando os militares ordenaram que o veículo parasse, o condutor tentou fugir a pé, mas foi rapidamente intercetado e identificado.

Nove caixas com cocaína: uma carga de 4,5 milhões de euros
Durante a inspeção ao veículo, os militares da GNR encontraram nove caixas de cartão na bagageira e nos bancos traseiros. No interior estavam 235 pacotes de cocaína, com um peso total de 232,8 quilos e um grau de pureza de 76,8 por cento, o suficiente para preparar 894 mil doses individuais.
A droga, que teria um valor de mercado de 4,5 milhões de euros, terá tido origem na América do Sul, passando pela Galiza antes de chegar a Braga. A Polícia Judiciária acredita, que não agiu sozinho e terá colaborado com cinco cidadãos brasileiros, que já regressaram ao Brasil e são alvos de uma investigação autónoma.

Correio de droga, mas sem agravantes
Apesar da gravidade da situação, o tribunal considerou que o motorista apenas tinha como função transportar a droga, não sendo ele o responsável pela sua venda. Por isso, foi condenado por tráfico de estupefacientes na forma simples, e não agravada, como inicialmente acusado pelo Ministério Público de Famalicão.

Empresa ilibada e bens apreendidos
O automóvel usado no transporte pertencia à empresa, com sede em Setúbal, que acabou por ser absolvida pelo coletivo de juízes.
Durante a operação, a GNR apreendeu também dois telemóveis e 220 euros. O dinheiro será devolvido ao arguido, mas os telemóveis ficam para o Estado, mais concretamente para a Polícia Judiciária, que manifestou interesse em utilizá-los para fins investigativos.

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