Três décadas de FIG em festa: milhares celebraram edição inesquecível em Pinhal Novo

30 mil pessoas, espetáculos esgotados e um gigante de ferro: a vila viveu um Festival de Gigantes... em tudo

Foram três dias em que a vila de Pinhal Novo deixou de ser apenas um ponto no mapa e se transformou num autêntico palco a céu aberto. De 4 a 6 de Julho, o Festival Internacional de Gigantes (FIG) celebrou 30 anos com uma das edições mais marcantes da sua história, atraindo cerca de 30 mil  espetadoras e espetadores. A arte ocupou as ruas, os aplausos encheram os espaços e, nas palavras de muitos, o espírito do festival reacendeu-se em grande.
O cortejo, um dos maiores de sempre 

Mais do que um festival, o FIG é um movimento artístico e comunitário. Em 2025, assinalou três décadas de encontros, criações e partilhas, reunindo artistas e companhias de cinco países - Portugal, Espanha, Alemanha, Estados Unidos e Uruguai - em mais de 20 espetáculos de Teatro, Música e Dança.
O já tradicional Desfile e Baile de Gigantes levou mais de 600 participantes às ruas, entre elas dezenas de figuras fascinantes, com destaque para os gigantones, que continuam a ser o coração visual do evento.
Mas houve muito mais a viver. Exposições, performances itinerantes, animação permanente, conversas com artistas, um espaço infantil cheio de atividades para as famílias e o incontornável Espaço Comer à Grande e uma área de gastronomia e artesanato que, edição após edição, continua a ser um dos pontos altos do festival.

Testemunhos e emoções novas: ADN ouviu o público
O balanço é fácil de resumir: foi gigante. A ADN-Agência de Notícias - o único meio de comunicação social em permanência no evento - ouviu dezenas de vozes durante os três dias, numa reportagem que será publicada em breve, e o veredito foi claro e unânime: "Foi uma das melhores edições de sempre. Lembraram muito as primeiras grandes edições. O cartaz foi forte, os espetáculos estiveram cheios, o ambiente foi incrível". 
Entre os destaques apontados pelo público e pela crítica, há nomes que não passaram despercebidos:
O Gigante de ferro Aquiles dominou o espaço público com imponência e poesia visual. Inânia, do Teatro do Mar, prendeu os olhares e corações.
O Mostrengo, da ATA, esgotou o auditório Rui Guerreiro nos dois primeiros dias. Caricature, uma estreia absoluta da PIA no FIG, encantou com o seu teatro de rua ousado e inquietante. 
E Veles e Vents, dos consagrados Xarxa Teatre, foi considerado por muitos como um dos momentos mais extraordinários do festival, fazendo as delícias do público com fogo, música e encenação arrebatadora.

A força da comunidade: voluntariado, equipa e história
Aquiles, o gigante de ferro, cruzou Pinhal Novo com imponência poética
Este gigante coletivo foi erguido por cerca de uma centena de pessoas nas áreas da produção, logística, programação, manutenção, transportes, entre outras - apoiadas por uma rede dedicada de voluntárias e voluntários que deram o seu tempo e energia.
A abertura do festival foi marcada por palavras emocionadas de Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, que sublinhou a dimensão humana e artística do evento: "O FIG representa a conquista da rua pelos cidadãos, através desta forma de fazer cultura e transmitir valores". E agradeceu "a todos os que fazem parte desta grande obra coletiva", recordando com emoção os precursores do FIG "que já partiram, mas que continuam presentes neste legado".

Um FIG global e de qualidade europeia
Com organização do Município de Palmela e parcerias da Bardoada – O Grupo do Sarrafo, ATA – Acção Teatral Artimanha, Associação Juvenil COI e PIA – Projectos de Intervenção Artística, o FIG volta a afirmar-se como um festival internacional de referência.
A atribuição do selo EFFE (Europe for Festivals, Festivals for Europe), da prestigiada Associação de Festivais Europeus, comprova a sua relevância cultural e artística à escala europeia.

Em 2027, os gigantes voltam à rua!
Tânia Morais, do Bardoada, disse-o com orgulho: "Já fazemos parte do Festival há 27 anos e é sempre com emoção que regressamos". Bruno Gomes, da ATA, destacou que "num mundo instável, é bom saber que o FIG resiste e continua a levar as pessoas à rua para se maravilharem". 
Pedro Leal, da PIA, frisou o papel do evento na ligação entre criação artística e comunidade: "O FIG é uma plataforma para chegar às pessoas e ao mundo".
O próximo encontro está marcado para 2027. Até lá, o FIG fica na memória como um momento de celebração coletiva, de identidade e de arte que une gerações. Foi, como disseram muitos, "gigante em quase tudo".
O FIG permanece como símbolo vivo da força da cultura comunitária e de uma vila que se agiganta quando celebra em conjunto.

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