70 empregos e 50 milhões de munições por ano: projeto militar pode disparar na região
Portugal pode voltar a produzir munições, com uma nova fábrica em Alcochete que promete reforçar as Forças Armadas e exportar para a NATO. O investimento público-privado ronda os 40 milhões de euros e prevê criar 70 postos de trabalho.![]() |
Nova unidade irá nascer junto a atual fábrica de desmilitarização |
A idD Portugal Defence, holding pública responsável pelo setor da Defesa nacional, quer dar um novo fôlego à indústria de armamento em Portugal com a construção de uma fábrica de munições de pequeno calibre em Alcochete.
O projeto, já concluído e a ser preparado para apresentação ao Governo, representa um investimento estimado em 40 milhões de euros e visa responder a uma procura crescente por este tipo de material militar na Europa e no seio da NATO.
A infraestrutura será instalada nas proximidades da atual unidade de desmilitarização da idD e contará com um parceiro estrangeiro, cujo nome ainda não foi revelado publicamente. A presença deste investidor internacional pretende reforçar a componente tecnológica e operacional do projeto, dando-lhe maior alcance comercial e capacidade de resposta ao mercado global.
Segundo revelou Ricardo Alves, presidente do Conselho de Administração da idD, ao Jornal de Notícias, a fábrica terá capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano, criando 70 postos de trabalho diretos - um sinal claro da ambição de reposicionar Portugal no mapa da indústria militar europeia.
A infraestrutura será instalada nas proximidades da atual unidade de desmilitarização da idD e contará com um parceiro estrangeiro, cujo nome ainda não foi revelado publicamente. A presença deste investidor internacional pretende reforçar a componente tecnológica e operacional do projeto, dando-lhe maior alcance comercial e capacidade de resposta ao mercado global.
Segundo revelou Ricardo Alves, presidente do Conselho de Administração da idD, ao Jornal de Notícias, a fábrica terá capacidade para produzir 50 milhões de munições por ano, criando 70 postos de trabalho diretos - um sinal claro da ambição de reposicionar Portugal no mapa da indústria militar europeia.
Resposta à escassez europeia de munições
As munições em causa - de 5,56 mm e 7,62 mm - são amplamente utilizadas pelas forças armadas nacionais e por exércitos aliados da NATO em armas ligeiras. Com vários países europeus a enfrentarem uma escassez de stocks, resultado de décadas de desinvestimento, a procura por estes projéteis disparou.
“Há uma procura crescente muito grande por estas munições porque houve uma série de décadas seguidas em que não houve investimento e muitos países estão sem stocks“, explicou Ricardo Alves, justificando o momento escolhido para avançar com o projeto.
As munições em causa - de 5,56 mm e 7,62 mm - são amplamente utilizadas pelas forças armadas nacionais e por exércitos aliados da NATO em armas ligeiras. Com vários países europeus a enfrentarem uma escassez de stocks, resultado de décadas de desinvestimento, a procura por estes projéteis disparou.
“Há uma procura crescente muito grande por estas munições porque houve uma série de décadas seguidas em que não houve investimento e muitos países estão sem stocks“, explicou Ricardo Alves, justificando o momento escolhido para avançar com o projeto.
Forte participação do Estado no investimento
O plano prevê que o Estado participe entre 35 e 60 por cento do investimento total, posicionando-se como ator central neste relançamento industrial. A fábrica será instalada próxima da atual unidade de desmilitarização da idD, (junto à A12] potenciando sinergias operacionais e logísticas.
Além de garantir a autonomia nacional em termos de abastecimento militar, o projeto pretende também afirmar Portugal como um exportador relevante de munições no contexto europeu.
O plano prevê que o Estado participe entre 35 e 60 por cento do investimento total, posicionando-se como ator central neste relançamento industrial. A fábrica será instalada próxima da atual unidade de desmilitarização da idD, (junto à A12] potenciando sinergias operacionais e logísticas.
Além de garantir a autonomia nacional em termos de abastecimento militar, o projeto pretende também afirmar Portugal como um exportador relevante de munições no contexto europeu.
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