Poluição no Tejo: Praias do Seixal e Barreiro já reabertas ao público

Origem do desastre no Tejo foi em Lisboa: praias interditadas por duas semanas

Depois de semanas interditadas devido a um derrame de combustível no rio Tejo, as praias fluviais do Seixal e do Barreiro voltam agora a estar acessíveis ao público. As análises confirmaram que a água está limpa e segura, e as bandeiras vermelhas foram finalmente arriadas pelas autoridades.
Banhos novamente permitidos das praias do Barreiro e Seixal

As praias da Velha, dos Barcos e do Seixal, que estavam interditas desde o início de Julho, foram reabertas ao público após as autoridades confirmarem que a água já não apresenta riscos para a saúde pública.
O derrame de combustível teve origem numa operação de abastecimento no Terminal Multiúsos de Lisboa, em Santa Apolónia, que acabou por afetar também as praias fluviais do Barreiro. De imediato, foi hasteada a bandeira vermelha e desaconselhado qualquer contacto com a água.
Segundo um edital da Capitania do Porto de Lisboa, com base em análises da Agência Portuguesa do Ambiente e da Direção Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, "não foram detetadas substâncias nocivas para a saúde pública", o que permitiu levantar as restrições.

Monitorização continua, apesar do alívio
Apesar do levantamento das interdições, as zonas afetadas vão continuar sob vigilância. A Câmara do Seixal emitiu um aviso onde sublinha que “a monitorização será mantida para garantir que não há reincidência do foco de poluição”.
Também no Barreiro, onde as restrições tinham sido impostas desde a madrugada de 3 de Julho, a autarquia confirmou o fim da proibição de acesso às praias. A medida segue a mesma lógica aplicada no Seixal, com uma comunicação oficial a garantir que a situação está controlada, mas que continuará a ser acompanhada.

Investigação em curso
A Autoridade Marítima Nacional confirmou que os resíduos foram identificados no dia 1 de Julho e prontamente foram ativados os meios de contenção. A Polícia Marítima recolheu amostras do poluente, que foram enviadas para o Laboratório de Referência do Ambiente da Agência Portuguesa do Ambiente, com vista à instrução de um processo legal.
As praias estiveram sinalizadas com bandeira vermelha – que indica proibição total de banhos – durante quase duas semanas, numa medida preventiva que visava proteger a saúde dos banhistas.


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