Plano Diretor travado: oposição une-se contra proposta da CDU e presidente acusa “tacticismo político”
A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Palmela, desenvolvida ao longo de mais de 20 anos e validada por várias entidades oficiais, foi rejeitada na Assembleia Municipal, na passada quinta-feira, 17 de Julho. A decisão deixou o executivo da CDU em "choque" e motivou duras críticas do presidente da Câmara, Álvaro Amaro. Nova proposta será votada no último dia de Julho.![]() |
Álvaro Amaro reage à rejeição do PDM com críticas à oposição |
Depois de décadas de estudos, pareceres favoráveis e contributos de entidades como a CCDR-LVT, APA e ICNF, a Câmara Municipal de Palmela levou a votação a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal. Contudo, a Assembleia Municipal rejeitou o documento, com 18 votos contra (PS, PSD, Chega, BE e MCCP), 17 a favor (CDU) e uma abstenção do PS.
No dia seguinte à rejeição, o presidente da Câmara, Álvaro Amaro, reagiu em conferência de imprensa com palavras duras. Classificou a decisão como “inaudita” e fruto de uma “enorme leviandade e irresponsabilidade política”. Apontou ainda o dedo a uma “coligação negativa” que, segundo o autarca, ignorou os esclarecimentos e pareceres favoráveis que sustentavam o plano.
“Não há uma alternativa concreta. Não houve propostas construtivas, apenas uma união táctica da oposição para rejeitar o plano. Parece que os interesses político-partidários foram colocados à frente do interesse público”, disse Álvaro Amaro, visivelmente desapontado.
“Não há uma alternativa concreta. Não houve propostas construtivas, apenas uma união táctica da oposição para rejeitar o plano. Parece que os interesses político-partidários foram colocados à frente do interesse público”, disse Álvaro Amaro, visivelmente desapontado.
Oposição aponta falhas no plano e falta de tempo para análise
Durante a sessão extraordinária da Assembleia, os partidos da oposição levantaram diversas críticas. Jorge Martins, do Chega, considerou que as alterações propostas representavam uma “desgraça para os proprietários”. Teresa Marta Joaquim, do PSD, alertou para as exigências feitas aos privados, e Tânia Ramos, do Bloco de Esquerda, lamentou a ausência de uma estratégia clara para a mobilidade e sustentabilidade ambiental.
Durante a sessão extraordinária da Assembleia, os partidos da oposição levantaram diversas críticas. Jorge Martins, do Chega, considerou que as alterações propostas representavam uma “desgraça para os proprietários”. Teresa Marta Joaquim, do PSD, alertou para as exigências feitas aos privados, e Tânia Ramos, do Bloco de Esquerda, lamentou a ausência de uma estratégia clara para a mobilidade e sustentabilidade ambiental.
Nova votação agendada para 31 de Julho
Apesar da rejeição, o executivo não desiste. A proposta de revisão do PDM será novamente submetida à Assembleia Municipal no próximo dia 31 de Julho. “O plano está pronto para ser aprovado e deve entrar em vigor o mais depressa possível, sob pena de penalizar a população e travar investimentos importantes”, afirma o presidente da autarquia.
Álvaro Amaro garante abertura para ouvir sugestões e clarificar pontos, mas frisa que não poderá ultrapassar os limites legais. “Estamos dispostos a ouvir e a ajustar, dentro da legalidade. O que não podemos é reverter decisões tomadas pelas entidades competentes”, conclui.
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