Um festival de outro tamanho: 30 anos de arte gigante em Pinhal Novo

Festival Internacional transforma ruas e largos num palco gigante de artes urbanas e populares

O Festival Internacional de Gigantes (FIG) está de regresso às ruas do Pinhal Novo entre os dias 4 e 6 de Julho, numa edição especial que celebra 30 anos de existência. Teatro de rua, espetáculos de fogo, música, novo circo, dança, marionetas, gigantones e cabeçudos compõem uma programação vibrante que promete transformar a vila num palco a céu aberto e encantar públicos de todas as idades.
Bombos e gigantes tomam o centro do Pinhal Novo de 4 a 6 de Julho

Durante três dias, o coração da vila – entre o Jardim José Maria dos Santos, Praça da Independência, Museu A Estação, auditório Rui Guerreiro, Alameda Alexandre Herculano e Monte Francisquinho – será palco de mais de 20 espetáculos e atividades para todas as idades. O FIG mistura o melhor da tradição com o pulsar contemporâneo das artes performativas, num encontro de culturas, linguagens e formas... gigantes.
Entre bombos, gaiteiros, máscaras tradicionais, máquinas cenográficas e marionetas de grande escala, o festival propõe uma imersão total na arte popular e na criatividade coletiva.

Espetáculos de fogo, música ao vivo e marioneta gigante 
A abertura oficial acontece na sexta-feira, 4 de Julho, na Praça da Independência, marcando o arranque de uma programação intensa e cheia de surpresas. A noite começa com os espetáculos “Homem Bala” (Portugal, EUA, Alemanha) e “Monstrengo”, da companhia ATA – Ação Teatral Artimanha, no auditório Rui Guerreiro.
Segue-se “Inânia”, uma poderosa criação do Teatro do Mar que cruza teatro físico, dança e circo contemporâneo, explorando temas da infância perdida e das desilusões de uma geração.
Às portas da meia-noite, um dos momentos mais aguardados do festival: “Aquiles”, uma imponente estrutura articulada com 5,5 metros de altura, desfila pelas ruas numa atuação que promete deixar o público boquiaberto. 
Bombos e fogo ao vivo chegam logo a seguir com os Diabos da Bardoada a prometer um grande espetáculo de rua. 
Leónia Oliveira e Folky Balboa no espaço Comer à Grande, no polidesportivo do jardim, fecham a primeira noite com um grande baile de músicas do mundo. 

Sábado, um desfile gigante e espetáculos internacionais 
Marioneta de 5,5 metros chega na primeira noite 
No sábado, 5 de Julho, o FIG atinge um dos seus pontos altos com o tradicional Desfile de Gigantes, às 21h30, na Avenida Alexandre Herculano. Bombos, máscaras e figuras gigantes de várias partes do país dão vida a um desfile festivo que enche a vila de cor e som.
Antes disso, há muito para ver: desde o teatro de rua “Caricature”, da companhia PIA, até à performance “1001 Noites – Irmã Mapuche”, numa colaboração entre O Bando (Portugal) e Tatuteatro (Uruguai). 
A instalação “LLar”, de Frederico Menini, oferece um momento de contemplação poética entre o circo e a arquitetura.
A noite encerra com o espetáculo de fogo “Veles e Vents”, uma produção da companhia espanhola Xarxa Teatre que mistura pirotecnia, música e poesia num desfecho arrebatador. E no espaço comer à grande, à meia-noite, há o concerto do Trio Alcatifa. Durante o dia, há também performances internacionais, conversas, oficinas, capoeira e música ao vivo.

Domingo fecha com arte, vozes e dança
O domingo, 6 de julho, encerra o festival com uma programação rica e inclusiva. Logo pela manhã, o Museu A Estação recebe a conversa “Cultura como Pilar da Sociedade Democrática”. Seguem-se espetáculos infantis e apresentações como “O Pequeno Dragão” e “Wave the Walles”. Ao final da tarde, o Coro Comunitário de Águas de Moura junta-se à Orquestra de Acordeões do Poceirão, com a participação especial de Celina da Piedade.
A noite termina com o espetáculo da banda Expresso Transatlântico, no Coreto José Maria dos Santos, às 21h30, encerrando em grande um festival que se afirma como um dos mais singulares do panorama nacional.

Muito mais do que um festival
Diabos de Fogo da Bardoada prometem noites de fogo 
Mais do que um evento artístico, o FIG é um espaço de encontro comunitário, de criação partilhada e de valorização da cultura. Criado em 1995 por iniciativa da Câmara Municipal de Palmela e um conjunto de coletivos locais – Bardoada - Grupo do Sarrafo,  ATA – Ação Teatral Artimanha, Associação Juvenil COI e PIA – Projetos de Intervenção Artística – o festival cresceu e firmou-se internacionalmente. Hoje, ostenta o selo EFFE (Europe for Festivals, Festivals for Europe), que distingue os eventos culturais mais relevantes do continente.
Além da programação artística, o FIG oferece o Espaço Comer à Grande, com gastronomia regional – incluindo a tradicional sopa caramela – e música ao vivo. A entrada no festival é gratuita, mas alguns espetáculos exigem levantamento prévio de bilhetes.
Consulte aqui o programa completo do FIG 2025. 

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