Centros de saúde de Almada e Seixal encerrados nesta terça-feira

Hospital Garcia de Orta cancela consultas não urgentes; situação será reavaliada esta manhã 

Os centros de saúde da Unidade Local de Saúde (ULS) Almada-Seixal vão manter-se encerrados esta terça-feira, e todas as consultas não urgentes agendadas para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, foram canceladas. A decisão surge na sequência do apagão elétrico de grandes dimensões que afetou o país esta segunda-feira, deixando milhões de portugueses sem energia durante várias horas.

Hospital Garcia de Orta mantém apenas consultas prioritárias


Devido ao corte generalizado de energia, o Plano de Contingência da ULS foi ativado e o conselho de administração determinou o encerramento temporário de todas as unidades de cuidados de saúde primários - ou seja, os centros de saúde de Almada e Seixal estarão de portas fechadas, pelo menos, durante o dia de hoje.

As consultas não urgentes agendadas para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, foram também canceladas, com exceção das áreas críticas como hematologia, oncologia, pneumologia oncológica e hospitais de dia. Os meios complementares de diagnóstico e terapêutica funcionarão de forma condicionada, estando apenas asseguradas as análises clínicas.
A Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal pede aos utentes que só recorram ao serviço de urgência em casos realmente necessários
“Face aos constrangimentos, a unidade local de saúde reforça o apelo aos utentes para que se desloquem à urgência do Hospital Garcia de Orta apenas se estritamente necessário”, lê-se no comunicado.

Apagão total até às 21h30 
Ás 11h33 a luz "apagou-se" no país e na região
O corte de energia teve início pelas 11h33 de segunda-feira, afetando todo o país. O fornecimento só começou a ser retomado, no distrito de Setúbal, de forma faseada a partir das 21h30, segundo dados da E-Redes.
Àquela hora, estavam já ligadas parcialmente 147 subestações, responsáveis por alimentar cerca de dois milhões de consumidores, mas a empresa não arrisca previsões sobre quando o fornecimento será totalmente restabelecido. Em Portugal, existem cerca de 6,5 milhões de consumidores de eletricidade.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, explicou que as regiões da Beira Baixa, Alentejo e Setúbal enfrentaram os maiores desafios no processo de reposição elétrica. Ainda assim, garantiu que “não é tempo de balanços”, mas assegurou que o Governo está a trabalhar para reforçar a resiliência do sistema energético.
A origem do apagão, que afetou toda a Península Ibérica e partes do território francês, permanece por apurar. A REN – Redes Energéticas Nacionais confirmou que os planos de restabelecimento faseado da energia estavam em curso logo após o colapso.

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