Câmara de Palmela aprova orçamento de 77 milhões para 2024

Autarquia promete um ano cheio de grandes investimentos no concelho 

A Câmara de Palmela tem um orçamento de 77,5 milhões de euros para 2024 e vai reduzir o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de 0,325 em 2023 para 0,31 por cento que será o mais baixo da Península de Setúbal. O documento foi aprovado pela Assembleia Municipal, com os votos a favor da CDU, abstenções do PS e do Bloco de Esquerda e votos contra do PSD, Chega e Movimento de Cidadãos pelo Concelho de Palmela (MCCP), cumpre a estratégia definida pela maioria CDU, de reduzir o IMI para a taxa mínima até final do atual mandato autárquico. O PSD critica a "falta de verdade" do documento e sublinha o facto da autarquia ter obras, como a recuperação do edifício da Câmara de Palmela, que "constam do Orçamento desde 2016, sem que ainda tenham terminado", diz o vereador Paulo Ribeiro. 
Gestão comunista passa orçamento com abstenção do PS e BE

“Os apoios sociais às famílias continuam a ser uma prioridade, consubstanciando-se em múltiplas áreas, desde logo, em opções políticas como a paulatina redução da taxa do IMI (que é, já, a mais baixa da Península de Setúbal), a aplicação do IMI Familiar e várias reduções para incentivar a reabilitação urbana e o mercado de arrendamento”, disse hoje à agência Lusa o presidente do município, Álvaro Amaro (CDU).
O autarca destacou também a “isenção de Derrama para micro e pequenas empresas, a aplicação do tarifário social automático ou a manutenção da tarifa variável dos serviços de água e resíduos”.
A par do esforço de infraestruturação do território mais extenso da Área Metropolitana de Lisboa, Álvaro Amaro salientou ainda o desenvolvimento da Estratégia Local de Habitação, com a construção e reabilitação de muitas dezenas de fogos em todas as freguesias do concelho.
O arranque das empreitadas do Posto da GNR do Poceirão e da Unidade de Saúde Familiar de Quinta do Anjo, em terrenos cedidos pelo município, são outros elementos de destaque no Orçamento para 2024, bem como a conclusão do Pavilhão Desportivo da Escola Secundária de Palmela, do Centro de Investigação do Património Cultural e da reabilitação do edifício dos Paços do Concelho. 

PSD critica demora da obra do edifício dos Paços do Concelho 
Obras prometidas e nunca acabadas diz o PSD 
O vereador do PSD Paulo Ribeiro, que votou contra, alega que “o orçamento nunca é cumprido, porque a Câmara de Palmela prevê um sem número de obras, algumas delas necessárias, mas que se vão repetindo todos os anos sem que vejam a luz do dia”.
“Nós temos obras, como a recuperação do edifício da Câmara de Palmela, que constam do Orçamento desde 2016, sem que ainda tenham terminado. E, como esta, há outras obras, ao nível do saneamento, ao nível da higiene urbana, ao nível da limpeza”, disse Paulo Ribeiro.
“O orçamento é sempre um espelho daquilo que é falta de capacidade de execução e de trabalho da maioria CDU. Todos os anos o orçamento vai crescendo, porque, basicamente, andamos com cerca de 10 milhões de euros que se vão repetindo todos os anos. O dinheiro existe, mas as obras não aparecem”, acrescentou.
O autarca social-democrata lamentou também que a maioria CDU e os eleitos do PS continuem a não acolher uma proposta do PSD para a devolução de 0.5 ou de um por cento da taxa do IRS, considerando que a “Câmara de Palmela tem uma situação financeira que permitiria este alívio fiscal aos seus munícipes”.

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