Ensaiarate, Teatro sem Dono, Artimanha e Associação Cultural Rituais Dell Art mostram o melhor das artes do concelho
Espetáculos e formações marcam, entre esta sexta-feira e domingo seguinte, o calendário comemorativo do Dia Mundial do Teatro que o município de Palmela preparou para este mês. O Grupo de Teatro Ensaiarte estreia a peça ‘Cheiro Fresco e Suave da Neve, no Auditório Municipal Rui Guerreiro, no Pinhal Novo. Em Cabanas há Conversas Outrora Não Admitidas, pelo Teatro Artimanha, no sábado. No mesmo dia, o Teatro Sem Dono anda 'Em Busca do Tesouro', no Cineteatro São João, em Palmela onde domingo há o musical 'A Pequena Sereia e a Concha das Bermudas', da Associação Cultural Rituais Dell Art. No Poceirão há formações. O Dia Mundial do Teatro celebra-se a 27 de Março, dia em que oficialmente se vai dar o nome de Rui Guerreiro ao Auditório Municipal do Pinhal Novo. "Um homem da cultura, e acima de tudo um pensador livre", como escreveu Ana Guerreiro Silva.Ensaiarte estreia peça este fim-de-semana no Pinhal Novo |
“As comemorações prosseguem com propostas para diferentes públicos. Nos dias 18, 19 e 20, às 21 horas, no Auditório Municipal de Pinhal Novo – Rui Guerreiro (e a 9 de Abril no Centro Cultural de Poceirão) o Grupo de Teatro Ensaiarte estreia a peça ‘Cheiro Fresco e Suave da Neve’”, indica a autarquia.
E do que fala o ‘Cheiro Fresco e Suave da Neve’? Em um “Algures Intemporal” - uma pequena vila, com uma organização social centenária e de bem-estar, um povo, constituído por pessoas de vários lugares, crenças e culturas, vivia serenamente, acatando, com respeito, as normas por ele estabelecidas.
Num só dia, apenas num pequeno dia, o povo foi dominado, conquistado, escravizado e ficou com fome e sem liberdade. Esse “Algures Intemporal” foi sitiado. O povo não compreendeu.Assim e por todo o lado, pairou: o medo e as bandas militares mordendo os silêncios; o terror feito de delatores e fuzilamentos: uma nova ordem, uma nova disciplina, impostas e manchadas de sangue.
O povo não se aquietou, porquanto e ainda sem entender, apareceram pasquins nos beijos, mensagens nos olhares furtivos, recados no suor das mãos, folhetos dentro das sardinheiras, sombras por entre as cortinas e atrás das portas, sussurros suaves e assertivos, como a leveza e o frio da neve.
Nesta historia, inspirada em "Noite Sem Lua" de John Steinbeck, o povo resistiu. O povo livre venceu a guerra. Uma história bem atual...
Teatro Sem Dono em busca do tesouro em Palmela
Para dia 19, sábado, das 16 às 20 horas, está agendada para o Centro Cultural de Poceirão “uma oficina de teatro, expressão e arte performativa, com o formador Manuel Amarelo”. Antes, pelas 17 horas, tem lugar no Cineteatro São João, em Palmela, o espetáculo “Em Busca do Tesouro” da companhia Teatro Sem Dono.
A peça, para maiores de três anos, é baseada na história “A Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson. O espetáculo é organizado pelo Teatro Sem Dono e Câmara de Palmela e o bilhete tem o valor de três euros.
E o que retrata a peça? O grupo de Pinhal Novo explica: "Que o vento sopre a nosso favor. Somos piratas! Uma ilha perdida, um tesouro escondido e um mapa da ilha do tesouro! Era uma vez um tesouro e um mapa. Era uma vez o Capitão Barba Negra e a Capitã Loba do Mar. Era uma vez duas tripulações de piratas que queriam descobrir o tesouro".
Nesta aventura, não faltarão batalhas, cantorias, sereias traiçoeiras e piratas desastrados. Todos querem descobrir o tesouro mas, para isso, terão que encontrar o mapa da ilha perdida, porque foi lá que o Capitão Kidd, pai da Capitã Loba do Mar, o escondeu.
"A estes piratas não falta coragem, determinação e uma garrafa de rum, mas será que conseguem descobrir onde está o tesouro? E quem o apanhará primeiro? Preparem-se para esta aventura, porque o Barba Negra e a Loba do Mar estão a chegar!". E, dizemos nós, é mais um grande trabalho cultural de um grupo do concelho. E será uma tarde bem passada, em Palmela.
E o que retrata a peça? O grupo de Pinhal Novo explica: "Que o vento sopre a nosso favor. Somos piratas! Uma ilha perdida, um tesouro escondido e um mapa da ilha do tesouro! Era uma vez um tesouro e um mapa. Era uma vez o Capitão Barba Negra e a Capitã Loba do Mar. Era uma vez duas tripulações de piratas que queriam descobrir o tesouro".
Nesta aventura, não faltarão batalhas, cantorias, sereias traiçoeiras e piratas desastrados. Todos querem descobrir o tesouro mas, para isso, terão que encontrar o mapa da ilha perdida, porque foi lá que o Capitão Kidd, pai da Capitã Loba do Mar, o escondeu.
"A estes piratas não falta coragem, determinação e uma garrafa de rum, mas será que conseguem descobrir onde está o tesouro? E quem o apanhará primeiro? Preparem-se para esta aventura, porque o Barba Negra e a Loba do Mar estão a chegar!". E, dizemos nós, é mais um grande trabalho cultural de um grupo do concelho. E será uma tarde bem passada, em Palmela.
Há Conversas Outrora Não Admitidas em Cabanas
Ainda no sábado, mas a partir das 21h30, sobe ao palco do Grupo Popular e Recreativo Cabanense a Acão Teatro Artimanha, de Pinhal Novo, faz regressar as Conversas Outrora Não Admitidas, que o Artimanha chama de C.O.N.A. Assim mesmo, sem reservas ou tabus moralistas. A peça, de entrada para maiores de 16 anos, reflete com humor e sem preconceitos a relação da mulher com a sua própria sexualidade, propondo uma abordagem hilariante, mas também séria e íntima ao indecifrável universo feminino.
A palavra “vagina”. Nenhuma das personagens baixa a voz quando a pronuncia; nenhuma tem receio da crítica quando a diz. A palavra é, aliás, dita de forma natural e divertida no correr da peça “Conversas Outrora Não Admitidas”.
Lembrando-nos que "há demasiadas meninas que ainda são submetidas a mutilação genital" e que o vocábulo é ainda censurado em muitos meios, verificando-se vergonha ao pronunciá-la, o grupo de teatro ATA – Acão Teatral Artimanha quebra a barreira do pequeno pudor numa abordagem despreconceituosa que, no entanto, lança alertas vários à plateia, desvelando à consciência temas sociais sérios e íntimos do universo feminino.
Outros temas, como a transexualidade ou a violência doméstica, são também abordados neste espetáculo, que, com encenação e dramaturgia de Hugo Sovelas. Com interpretação de Ana Filipa Dias, Ana Guerreiro, Bruno Gomes, Cristina Galambas, Elisabete Silva, Ilda Silva, Inês Cavaco, Teresa Costa e Sara Masqueiro. A produção executiva da peça foi de Rui Guerreiro.
O musical “A Pequena Sereia e a Concha das Bermudas” é a proposta que se segue no domingo, 20. O espetáculo, a cargo da Associação Cultural Rituais Dell Art, vai ter lugar a partir das 11 horas no Cineteatro São João.
Agência de Notícias
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