Sindicato quer enfermeiros no Litoral Alentejano

Época balnear em tempo de pandemia aconselha a reforço na saúde 

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses exigiu a contratação de mais enfermeiros para a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, sobretudo em tempos de pandemia e de época balnear. "O contexto de pandemia, acrescido agora do período de verão, em que há fluxos migratórios para esta zona, agrava aquilo que são as necessidades de prestação de cuidados por parte do hospital e dos centros de saúde da região", disse Zoraima Cruz Prado, dirigente do Sindicato, após um protesto de enfermeiros e utentes junto ao Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal. A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano serve cerca de 100 mil habitantes dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no distrito de Beja.
Faltam enfermeiros no Litoral Alentejano 

Segundo a sindicalista, à atividade habitual do Hospital do Litoral Alentejano e dos centros de saúde da região, que integram a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, "tem de se acrescentar o aumento da população no verão e, este ano em particular, às respostas que se têm de dar no contexto da pandemia de covid-19".
Apesar de ter havido autorização para a contratação de profissionais de saúde, "o saldo de admissões nesta instituição é zero", lamentou.
"Não havendo contratação, preocupa-nos muito o tipo ou a ausência de resposta às necessidades da população neste período em que confluem as três necessidades de saúde", alertou.
Nas contas do SEP, "faltam 100 enfermeiros" para suprirem as necessidades da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, que abrange os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no distrito de Beja.
Durante o protesto, em que participaram utentes e autarcas da região, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses alertou ainda para as "dificuldades de fixação dos profissionais que conseguem cativar por intermédio de concurso", atribuindo a situação "à ausência de perspetiva de evolução na carreira e salarial".
"Cerca de 60 por cento dos enfermeiros têm contrato individual de trabalho, o que significa que continuam no início da tabela como se tivessem tirado a licenciatura há um ou dois dias, quando muitos já têm mais de 10 anos de experiência profissional", denunciou a dirigente, apelando à adoção de medidas de incentivo à contratação e à fixação de profissionais de saúde.
O Sindicato entregou ao conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano um manifesto a exigir a "contratação imediata, recorrendo a medidas de incentivo e diferenciação positiva, fazendo a devida progressão aos enfermeiros como forma de cativar pessoas".

Agência de Notícias com Lusa 

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