54 milhões para produzir mirtilos em Alcácer do Sal

Investimento cria 200 empregos directos e 2500 temporários 

A antiga fábrica da Torrinha, em Montalvo, no município de Alcácer do Sal, vai ser requalificada para integrar um investimento na produção biológica de mirtilos. A Carsol Fruit Portugal é a empresa por detrás do investimento que está estimado em 54 milhões de euros e que inclui os campos adquiridos e as plantações, assim como os edifícios, a área de plantação será de 400 hectares, sendo que entrarão em produção total no ano de 2025. Esta produção, completamente biológica, permitirá colher uma média de nove mil toneladas de mirtilo por ano, que se destinam essencialmente a exportação, mas também ao preenchimento das necessidades nacionais. Este investimento permitirá criar 200 postos de trabalho na região, estimando-se que no pico da campanha de mirtilo o número de postos de trabalho temporários ronde os 2500.
Mirtilos vão ser produzidos no Litoral Alentejano 

O concelho de Alcácer do Sal, vai realizar um investimento na área da produção biológica de mirtilos. Este investimento poderá potenciar o concelho como uma referência na produção deste fruto, contribuindo para tornar Portugal numa referência a nível internacional.
“Esta produção, completamente biológica, permitirá colher uma média de nove mil toneladas de mirtilos por ano, que se destinam essencialmente a exportação, mas também ao preenchimento das necessidades nacionais”, segundo a autarquia de Alcácer do Sal.
O investimento vai acontecer na antiga fábrica da Torrinha, em Montalvo, que será requalificada, segundo um comunicado da autarquia de Alcácer do Sal.
Trata-se de um investimento na ordem dos 54 milhões de euros realizado pela empresa Carsol Fruit Portugal, detida em partes iguais pela família do empresário Filipe de Botton e pela família Carrasco.
O valor de investimento neste projeto inclui a aquisição dos campos e plantações, além dos edifícios que irão servir para a refrigeração e embalamento do fruto.
A rega dos pomares de mirtilos será realizada pelo sistema gota-a-gota, com origem de água em 10 captações de água subterrânea, do tipo furo vertical e armazenamento a efectuar em três reservatórios.
No comunicado, a câmara municipal de Alcácer do Sal revela que até 2022 a área de plantação contará com 400 hectares, com o início da produção previsto para 2025. “Esta produção, completamente biológica, permitirá colher uma média de nove mil toneladas de mirtilos por ano, que se destinam essencialmente a exportação, mas também ao preenchimento das necessidades nacionais”, segundo a autarquia.
O município adianta que vão ser criados 200 postos de trabalho definitivos no concelho, mas que no pico da campanha do mirtilo, ou seja, na apanha do fruto, o número de empregos temporários pode chegar aos 2500.

Será o mirtilo o superalimento que cura todos os males?
Não, não é vermelho. Aliás o mirtilo distingue-se sobretudo pela sua forte tonalidade roxa, mas ainda assim é um dos 'frutos vermelhos' que maior destaque tem conquistado na nossa alimentação nos últimos tempos.
Além dos seus poderes antioxidantes e imunizantes contra várias doenças, o mirtilo é "um fruto com um teor calórico interessante do ponto de vista do controle de peso, tendo 57 kcal por 100g de alimento, rico em vitaminas C e K e beta – caroteno, um precursor da vitamina A", explica Filipa Teixeira Morgado.
E acrescenta a nutricionista: "Têm, como a maioria dos frutos vermelhos, um valor calórico pouco significativo, são ricos em diversas vitaminas, como já referido, ricos em compostos fenólicos (função) e carotenoides (que têm uma função antioxidante)".
O mirtilo é um arbusto baixo da família das Ericaceae, nativo da Europa e Ásia, onde abunda nos campos e nas cidades. É uma planta de inverno forte, com gelo e neve, que renasce na primavera e se enche de pequenos bagos azuis. O mirtilo também é conhecido como uva-do-monte ou arando.
A nutricionsita Filipa Teixeira Morgado enfatiza ainda que estes pequenos e poderosos frutos são ricos em antocianinas que, de acordo estudos recentes, demonstram ter benefícios na redução do risco de Doenças Cardiovasculares, recomendando-se, para este efeito, o consumo diário de 50 g a 100g de frutos vermelhos.

Por serem ricos em antioxidantes os mirtilos são:
Antimicrobianos e Anti – inflamatórios – podendo ajudar no alívio de sintomas relacionados com infeções do trato urinário, por exemplo, não sendo essa a sua principal função.;
Anticancerígenos e Anti – mutagénicos – existe já evidência científica relevante que demonstra o efeito anticancerígeno dos compostos fenólicos, em que os mirtilos são ricos, na prevenção de alguns tipos cancro;
Neuroprotetores – apresentam impacto na memória, aprendizagem e função cognitiva tendo efeitos em Doenças Neurodegenerativas, como por exemplo a Doença de Alzheimer.

Agência de Notícias
Leia outras notícias do dia em 

Comentários