ARS fecha atendimento aos utentes de Alhos Vedros ao fim de
semana
O atendimento complementar de fim de semana na Unidade de Saúde de Alhos Vedros, na Moita, encerrou devido a "graves problemas dos sistemas de informação", tendo sido transferido para a unidade da Baixa da Banheira. A Câmara da Moita não concorda com a decisão e quer o atendimento complementar de saúde a funcionar nos três centros de saúde do concelho. O assunto também já chegou à Assembleia da República, onde o PCP exige respostas.
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Unidade de Saúde de Alhos Vedros encerrou ao fim de semana |
A Câmara da Moita exige que o atendimento complementar de saúde no fim de
semana no concelho seja alargado aos três centros urbanos, Moita, Baixa da
Banheira e Alhos Vedros, pelo que critica a proximidade entre estes como
argumento para a ausência dos serviços. João Lobo, presidente da autarquia, entende
que “as pessoas que não têm possibilidades de ir a um centro de saúde durante a
semana, devem ter o serviço disponível ao fim de semana”.
“A autarquia já há muito
tempo que anda a apelar para a necessidade de obras no centro de saúde de Alhos
Vedros”, diz o presidente da Câmara da Moita.
Sistema de informação
obriga a mudança
Até ao início de Junho, o atendimento complementar de
fim de semana era realizado na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de
Alhos Vedros, “uma vez que em
termos geográficos é a unidade de saúde mais central do concelho da Moita”,
informa a ARS-LVT.
“Esta unidade de saúde tem sofrido problemas
ao nível do funcionamento dos sistemas de informação que se têm agudizado e têm
impedido o seu regular funcionamento pelo que, até à resolução dos mesmos, se
tornou necessário a transferência do atendimento complementar de fim de semana
para a unidade da Baixa da Banheira”, acrescenta a Administração
Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
A ARS-LVT explicou que
a opção de mudar os serviços para a Baixa da Banheira se deve em parte à distribuição
da população utilizadora dos cuidados de saúde primários do concelho, à
proximidade das instalações de Alhos Vedros, bem como à proximidade ao serviço
de urgência médico-cirúrgica do Barreiro.
Autarquia promete luta
Justificação que a Câmara
da Moita não aceita. De acordo com o chefe do executivo da autarquia, “esta
medida de deslocalização de serviços apenas penaliza a população e não responde às verdadeiras necessidades”,
diz João Lobo.
O presidente admite
continuar a lutar para fazer chegar “aos órgãos próprios as reivindicações expressas da população em relação
aos serviços de saúde”.
O concelho da
Moita, em termos de população utilizadora dos cuidados de saúde primários está
dividido por 24.320 na Baixa da Banheira, 12.215 em Alhos Vedros, 9.309 no Vale
da Amoreira e 21.582 na Moita.
De acordo com a
Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, esta alteração é
mínima para quem utiliza transportes públicos, “uma vez que a carreira de autocarro é a mesma e os utentes têm de
percorrer apenas mais uma paragem, saindo à porta da unidade de saúde, enquanto
que em Alhos Vedros ainda têm de se deslocar a pé algumas centenas de metros”.
Comunistas criticam fecho
Os deputados do PCP criticaram esta semana o
encerramento do atendimento complementar de Alhos Vedros e defendem que a
Unidade de Saúde da Baixa da Banheira tem instalações "bastante degradadas
e desadequadas para a prestação de cuidados de saúde".
"Os utentes do concelho da Moita concentram-se neste período no Centro de Saúde da Baixa da Banheira, podendo resultar na incapacidade de resposta, sobretudo atendendo às limitações existentes", referem dos deputados eleitos por Setúbal.
"Os utentes do concelho da Moita concentram-se neste período no Centro de Saúde da Baixa da Banheira, podendo resultar na incapacidade de resposta, sobretudo atendendo às limitações existentes", referem dos deputados eleitos por Setúbal.
Agência de Notícias
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