Mulher que atropelou menino entregou-se em Leiria


Mulher foi para casa dormir depois de atropelar um menino de 7 anos

A mulher suspeita de ter atropelado mortalmente uma criança de 7 anos entregou-se ontem, na esquadra da PSP de Marrazes, em Leiria. A viatura foi apreendida e está a ser alvo de perícia. A suspeita, de 36 anos, está em choque mas só se entregou “pressionada” pela família. Hoje a mulher é ouvida pelo juiz que decretará as medidas de coacção.

Suspeita de atropelar menino em Leiria entregou-se ontem à PSP 

Passavam alguns minutos das 17 horas de quarta-feira, quando Sílvia se apresentou na esquadra da PSP nos Marrazes, em Leiria. "Transtornada e em choque", terá assumido aos agentes ser autora do atropelamento mortal de Guilherme, de 7 anos, ocorrido anteontem à noite em S. Romão.
O pequeno Guilherme Santos, menino de sete anos que morreu anteontem à noite em São Romão, depois de projetado 33 metros, foi brutalmente atropelado por um carro conduzido por uma mulher, de 36 anos, solteira, que fugiu do local e apenas ontem à tarde, pressionada por familiares, se entregou à PSP, na esquadra. Vive perto do local do crime.
Escreve o Correio da Manhã que a a condutora foi para casa depois do acidente, estacionou o carro na garagem e foi dormir. Ontem, terá dito que não se apercebeu de que "tinha passado por cima de uma pessoa" e só após alguma insistência dos familiares é que aceitou entregar-se à polícia.
O acidente ocorreu numa reta, tendo o menino sido projetado 33 metros, desde o local onde foi colhido pelo carro até onde caiu. Guilherme Gaspar Santos estava ao cuidado da avó paterna, que reside naquela rua. Depois do jantar, foi ao quintal do vizinho jogar à bola com um amigo da sua idade. As crianças estavam distraídas a correr atrás da bola, que foi para a estrada. Nesse instante passou o Opel Corsa, que colheu mortalmente o pequeno Guilherme, perante o olhar atónito do amigo Pedro.
Nesse instante, Pedro foi a correr avisar o avô, Jaime Cunha, dizendo-lhe para "ir depressa ver o Guilherme, que ele está morto". Jaime Cunha nem queria acreditar em tamanha tragédia à porta da sua casa.
O menino foi de imediato assistido por um socorrista que mora em frente, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a morte a ser confirmada ainda no local pelo INEM. A fuga da condutora levou a PSP de Leiria a lançar um alerta para a localizar, com as indicações do carro. Pouco antes do atropelamento, o Opel Corsa ultrapassou uma outra viatura e esse condutor parou no local do acidente e forneceu ali indicações valiosas às autoridades.

Mulher conhece hoje medida de coacção
Uma vizinha da família do menino, assegura que, por ali, "muitos andam a uma velocidade louca". "É inadmissível o que se passa aqui... estamos num bairro onde existem muitas crianças", afirma. O marido, Adriano, diz que já foram pedidas "medidas à Câmara de Leiria", para "travar a velocidade" de alguns condutores, mas que "nada ainda foi feito".
Sílvia é desempregada e reside em Casal do Matos – muito perto de onde se deu o acidente – e ao início da noite de ontem, encontrava-se a ser ouvida pelos agentes, no Comando Distrital da PSP, em Leiria. O caso foi comunicado ao Ministério Público, que delegou na Polícia a investigação.
A mulher deverá ser, depois, presente ao juiz de instrução para aplicação das medidas de coação. Poderá ser indiciada pelo crime de omissão de auxílio - por ter fugido do local -, e por outros que a investigação venha a apurar, como sejam excesso de velocidade, ou mesmo homicídio por negligência.

Agência de Notícias 

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