Campanha rende 50 mil euros e paga duas prestações
O Grupo Lobo obteve 50 mil euros com a campanha internacional "Não deixe os lobos sem abrigo", uma verba suficiente para adquirir parte do terreno do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI) de Mafra, que esteve em risco.
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Depois de ter estado em risco, lobos vão continuar na CRLI, em Mafra |
Na campanha de angariação de donativos lançada a 25 de Julho e concluída esta semana, o CRIL conseguiu arrecadar 50 mil euros, que segundo o responsável Francisco Fonseca, "são suficientes para pagar duas das cinco prestações negociadas com o proprietário para a compra do terreno".
O espaço foi cedido de forma gratuita por privados, que quiseram a devolução dos 17 hectares. Na iminência de sair, colocando em risco a falta de abrigo dos lobos, os responsáveis do CRLI negociaram a compra do terreno. O Grupo Lobo, que gere o CRLI, vai lançar o número de telefone 760450044 (com chamadas de valor acrescentado) para conseguir a verba em falta, além de outras iniciativas, que passam por associar o projeto a figuras públicas.
A manutenção do CRLI, onde chegam lobos encontrados em cativeiros ilegais ou vítimas de armadilhas ou de maus tratos, é uma garantia da preservação da espécie em todo o mundo e do último grande carnívoro existente em Portugal.
Mais lobos a caminho
O centro aguarda a chegada de cinco novos lobos oriundos de uma instituição zoológica de Inglaterra e de um outro de um cativeiro ilegal em Espanha, para aumentar a sua população, constituída por oito residentes.
O nascimento de três lobos no CRLI há cinco meses veio não só aumentar o número de lobos, como também atenuar a partida este ano de dois, Prado e Soajo, de 16 e três anos respetivamente.
O Grupo Lobo, associação não-governamental sem fins lucrativos, foi fundado em 1985 para trabalhar a favor da conservação do lobo e do seu ecossistema em Portugal. Conta com um vasto número de associados e colaboradores, nacionais e estrangeiros.
O grupo gere o CRLI, o único abrigo do lobo ibérico em Portugal que aguarda pertencer a um programa europeu de reprodução de lobos em cativeiro, para vir a receber lobos que já não trazem mais-valia genética ao programa, evitando assim o seu abate ou o realojamento em jardins zoológicos.
O CRLI recebeu em 2011 cerca de seis mil visitantes.
Agência de Notícias
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