Grupo de
romenos rouba autocarro e sequestra ajudante do motorista
Um
autocarro com cerca de 20 cidadãos da Roménia foi roubado numa estação de
serviço de Palmela por um grupo de seis pessoas fortemente armadas [também de
nacionalidade romena], de acordo com a Polícia Judiciária. Os assaltantes roubaram ainda o
motorista e sequestraram uma pessoa exigindo um resgate de cinco mil euros. Ao fim
de 12 horas de incertezas, a PJ conseguiu apanhar o grupo já em
Santarém. Um ataque inédito em Portugal mas, de acordo com as autoridades, é um
crime muito comum na Roménia, de onde são os assaltantes e os... assaltados.
Autocarro foi assaltado quando chegou a Palmela |
Esperavam
na estação de serviço de Palmela, na auto-estrada A2, sentido Sul-Norte, que o
autocarro com cerca de 20 romenos - entre mulheres e crianças - parasse. Os
seis romenos armados foram rápidos a entrar e os passageiros foram roubados. Os
ladrões raptaram ainda o ajudante do motorista e usando o telemóvel da vítima
pediram um resgate de cinco mil euros. Acabaram detidos, à tarde, na zona de
Santarém, quando iam entregar
o dinheiro.
Investigadores da Direcção Central de Combate ao Banditismo
da Polícia Judiciária colocavam assim um ponto final ao rapto que durou cerca
de 12 horas. Os raptores - entre os quais uma mulher -, desde o ataque de
madrugada ao autocarro, de matrícula portuguesa, que mantinham contacto
telefónico com o motorista, exigindo o resgate. Este alertou as autoridades e
foi montada uma armadilha aos ladrões. Combinou-se local e hora para ser
entregue o dinheiro, mas quem esperava os raptores eram os polícias. Foram
detidos.
O ataque tinha ocorrido às 04h20 de domingo, quando os
passageiros saíam para ir ao café ou à casa de banho. Os ladrões invadiram a
viatura e levaram telemóveis, documentos, alguns
bens e dinheiro, lançando o pânico entre as vítimas, que vinham todas de viagem
desde a Roménia. O destino final era Lisboa. A GNR foi avisada e lançou um
alerta, mas não conseguiu localizar os ladrões.
O rapto após os assaltos é um crime relativamente comum na
Roménia, onde os agressores levam a pessoa e pedem um resgate de baixo valor. A
empresa para a qual a vítima trabalha reúne o dinheiro e paga em poucas horas.
Habitualmente, as autoridades não são avisadas. Precisamente o que não
aconteceu neste caso e permitiu que o caso se esclarecesse em poucas horas.
Agência de Notícias
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