Setúbal aprova contas de 2011


Setúbal aumenta dívidas a bancos

A prestação de contas da Câmara de Setúbal de 2011 aponta “um aumento das dívidas a terceiros” devido à “necessidade da autarquia de afectar recursos financeiros ao pagamento das obras financiadas através do QREN”.

Em 2011 CM Setúbal reduziu custos com trabalhadores da autarquia

A Câmara de Setúbal aprovou a prestação de contas de 2011, na última reunião pública do executivo que aponta “um aumento das dívidas a terceiros” em parte da “necessidade da autarquia de afectar recursos financeiros ao pagamento das obras financiadas através do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), resultante da decisão do secretário de Estado do Orçamento de inviabilizar o acesso a uma linha de crédito do Banco Europeu de Investimento no valor de oito milhões de euros”.
A presidente da câmara, Maria das Dores Meira refere que o documento “traduz o
empenho da autarquia em assegurar a melhoria da qualidade de vida das populações com investimentos e serviços”, mesmo com a “adopção pelo Governo de medidas de restrição orçamental às autarquias locais, com consequências ao nível da sustentabilidade das finanças públicas municipais”, a que se junta “a assunção de responsabilidades pelo município sobre determinadas competências em sede de apoios e de inclusão social”.
A prestação de contas de 2011 salienta que, “apesar da necessidade de realizar investimentos num quadro de restrições financeiras, a autarquia respeitou as medidas impostas no contrato de reequilíbrio financeiro vigente”.

Menos receita e lei de compromissos para este ano

Registou-se um aumento da receita global de 7,1 por cento face a 2010, apesar de “um decréscimo das receitas correntes de impostos indirectos, taxas, multas e outras penalidades e de rendimentos da propriedade”, a que não está alheia “a retracção dos agentes económicos na execução de novos investimentos privados”.
Embora tenham sido assumidos aumentos no funcionamento na actividade municipal, nomeadamente quanto a fornecimentos e serviços externos, refere o documento, “foram reduzidas as despesas de pessoal”, sendo de destacar uma diminuição “de 177 mil euros em horas extraordinárias”.
O relatório de gestão aborda ainda 2012, indicando que este ano apresenta “um novo desafio para a autarquia”, tendo em conta os investimentos previstos num quadro “de grande instabilidade económica” e ainda de “restrição da gestão pública através da Lei dos Compromissos”.
O documento refere que deve ser prosseguida a linha estratégica dos anos anteriores, “seja pela realização de investimentos necessários ao desenvolvimento económico e social do Concelho e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, seja pelo esforço de contenção e de racionalização dos custos de estrutura municipal”.

Agência de Notícias 

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