Histórias do Mundo: Mãe encontra filha roubada há 44 anos


Recontro com a “mãe que me roubaram”

Manuela, com 80 anos, recebeu ontem a visita da filha, de 44 anos, que nunca conheceu, porque os médicos lhe disseram que morrera durante o parto. Afinal, tinha sido roubada e dada para adoção. 44 anos depois, mãe e filha reencontram-se em Espanha.


María Cebrián conhece mãe ao fim de 44 anos

Um médico de um hospital na Corunha disse a Manuela, em 1968, após ela dar à luz o sétimo de oito filhos, que a criança recém-nascida tinha morrido. A bebé, na verdade, foi entregue para adoção a uma família em Valência, sem que a mãe biológica tivesse conhecimento do sucedido. Até à semana passada, quando as provas de ADN confirmaram que María Jesus Cebrián, agora com 44 anos, divide com Manuela 99,97 por cento de 19 marcadores genéticos.
Manuela - cujo apelido a família pediu para ocultar - com quase 80 anos, diz que sempre suspeitou que a criança recém-nascida, que agarrou a sua mão com uma "força excecional", não morreu no parto, como lhe garantiram o médico e o padre com quem entretanto conversou.
O médico, que anestesiou Manuela para um parto natural, disse que o filho era um rapaz e que não chegou sequer a ver a luz. "Nem um dia da sua vida a minha mãe deixou de pensar naquele bebé", conta Eva, a filha mais nova de Manuela, com 38 anos. "Um bebé com tanta força não pode morrer", repetia a sua mãe desde há 44 anos.

O reencontro

Quando Maria Jesus foi tirar o Documento Nacional de Identidade, aos 14 anos, o seu pai adotivo pagou dois milhões de pesetas para que fosse considerada como nascida no seio da família adotiva.
María Jesus foi a primeira mulher a quem um juíz autorizou a consultar os arquivos da Província de Valência para encontrar o paradeiro da sua mãe biológica.
O reencontro com a mãe foi o ponto final de uma busca persistente que já dura há seis anos. María Jesus, quando soube que tinha sido encontrada a sua mãe biológica, deslocou-se a As Pontes, um concelho da província da Corunha, na Galiza, para a conhecer. Será o reencontro com a mãe que lhe "roubaram há 44 anos", afirma.

Paulo Jorge Oliveira 

Comentários

  1. é duro pensar que nem o que nos é mais precioso podemos protejer na hora de o por ao mundo que deus proteja os nossos filhos de pessoas como estas, que pensam que são donos do mundo e podem fazer o que querem com a vida das pessoas...... parabens e um bem aja a esta filha que não esqueceu quem a pôs no mundo<3<3

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