Em Reportagem

Comandante da  GNR de Pinhal Novo morre a fazer desporto

O ambiente é de tristeza  e surpresa entre os militares da Guarda Nacional Republicana do posto territorial de Pinhal Novo. A morte, no passado dia 31 de Outubro, do comandante apanhou todos de surpresa. Até porque, como disse um soldado da GNR ao ADN, “o comandante era um homem muito competente" e tido como " uma referência para os militares da GNR”, daquele posto.
António Marques Leitão comandava o posto de Pinhal Novo há  2 meses 


Refira-se que o militar, sargento-chefe, comandava o posto de Pinhal Novo há pouco mais de dois meses. Com 25 anos de carreira, tinha sido louvado recentemente pela excelência do serviço. O militar da GNR destacou-se ainda, em 2004, quando integrou uma missão de seis meses no Iraque, integrado no sub-agrupamento Alfa.
Segundo dados recolhidos pelo ADN, o António Marques Leitão, fazia corrida todos os dias. “Uma das suas paixões e vícios diários”, contam os amigos. E foi num dos seus joggings diários, na manhã do último dia de Outubro, que o militar se sentiu mal. Caiu, entrou em paragem cardiorrespiratória  e, apesar de todos os esforços das equipas de socorro, o óbito foi declarado alguns minutos depois, já no Hospital de São Bernardo, em  Setúbal. Aos 48 anos, deixa mulher e uma filha.


Um percurso exemplar

Natural da freguesia do Campo Grande, em Lisboa, e residente em São Domingos de Benfica, António Marques Leitão ingressou na GNR em 1986. Visto como "um militar exemplar", foi subindo na carreira. Passou pelo Regimento de Infantaria nº 1 (actualmente Unidade de Intervenção), chefiou o posto de Paio Pires, no Seixal, e, no último Verão, depois de ter sido promovido a sargento-chefe, assumiu o comando do posto de Pinhal Novo.
Dia 31 de Outubro, pouco depois das dez da manhã o comandante corria na companhia de um cabo. Junto à escola secundária do Pinhal Novo, a cerca de um quilómetro do posto, sentiu-se mal. O cabo que seguia com ele deu o alerta para o posto da GNR e para os bombeiros de Pinhal Novo, que rapidamente iniciaram as manobras de reanimação.
O INEM chegou ao local pouco depois e a VMER de Almada – a de Setúbal estava ocupada num outro serviço – transportou o sargento ao Hospital de São Bernardo. Apesar dos esforços, nada havia a fazer. Foi declarado o óbito do militar já na unidade hospitalar.


Paulo Jorge Oliveira 

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