Acidente no Cais do Sodré deixa seis feridos sem socorro até Cacilhas

Pânico no Tejo: passageiros feridos após embarcação da Transtejo arrancar ainda amarrada ao cais

Seis passageiros ficaram feridos esta segunda-feira após um incidente com a embarcação Seixalense, da Transtejo que fazia a ligação entre o Cais do Sodré, em Lisboa, e Cacilhas, no concelho de Almada. O Comandante do Porto de Lisboa, indicou que o incidente aconteceu em Lisboa, na estação fluvial do Cais do Sodré. A embarcação fez na mesma a viagem até Cacilhas, sem ter sido prestado auxílio aos passageiros feridos, onde foram depois acionados os bombeiros para os socorrer. Uma das pessoas ficou ferida com estilhaços do vidro. 
Barco fez a travessia sem ser prestado auxílio aos passageiros feridos

O alerta foi dado às 17h30, poucos minutos após a saída prevista da embarcação às 17h15. De acordo com a Autoridade Marítima Nacional, um dos cabos que mantinha o cacilheiro preso ao cais partiu-se durante a manobra de desatracação, projetando-se com violência contra um vidro da embarcação, que acabou por estilhaçar-se e ferir os passageiros.
Segundo testemunhas a bordo, o barco terá iniciado a travessia antes de estar completamente liberto das amarras. "Ouviu-se um estrondo e, de repente, havia vidro por todo o lado. Algumas pessoas começaram a gritar, outras estavam feridas", relatou um passageiro visivelmente abalado.
Apesar do acidente, a embarcação prosseguiu viagem até Cacilhas, onde os feridos só então receberam assistência. Entre as vítimas contam-se quatro mulheres e dois homens, com idades compreendidas entre os 20 e os 60 anos.
Três pessoas foram assistidas no local pelos Bombeiros Voluntários de Cacilhas e pelo INEM. As restantes três vítimas, com ferimentos ligeiros, foram encaminhadas para o Hospital Garcia de Orta, em Almada. Uma das pessoas ficou ferida por estilhaços de vidro.
No local estiveram quatro meios operacionais dos bombeiros, incluindo uma mota de água e uma ambulância, além de elementos da Polícia Marítima, num total de 11 operacionais envolvidos.
A Autoridade Marítima já deu início à investigação para apurar as circunstâncias do incidente. “Há indícios de falha operacional na manobra de desatracação. A embarcação arrancou com as amarras ainda presas, o que provocou a ruptura do cabo”, referiu fonte oficial.

Agência de Notícias 
Fotografia: DR

Comentários