Queda na produção da Autoeuropa dita despedimento na Faurencia
De acordo com Daniel Bernardino, coordenador da comissão de trabalhadores da Faurecia, "as razões deste despedimento prendem-se com o encerrar da linha de pintura - uma vez que este trabalho é assegurado pela SPPM, empresa detida pela Inapal e que é fornecedora da Autoeuropa -, com a redução de produção para a Peugeot em Espanha e também com a redução de produção prevista pela Autoeuropa para o próximo ano".
Em 2005, a Faurecia perdeu o negócio da pintura da VW Autoeuropa para a SPPM, situação que levou a empresa a procurar outros clientes. A Faurecia esteve na corrida para ficar com a SPPM, que enfrenta vários problemas financeiros, mas as partes não chegaram a acordo.
No total, a fábrica já dispensou 40 por cento da força de trabalho este ano, ou seja, 140 colaboradores, sendo que mais de 40 pessoas saíram com rescisões de mutuo acordo. "Vamos terminar o ano com apenas 192 trabalhadores na fábrica. Infelizmente esta realidade está a alastrar-se a todo o parque industrial da Autoeuropa", sublinha o responsável.
A administração da Faurecia em conjunto com a comissão de trabalhadores tentou durante algum tempo encontrar alternativas, que podiam passar por integrar alguns dos trabalhadores nas empresas em que o grupo Faurecia detém 50 por cento do capital - SAS e Vanpro [também situadas no parque industrial de Palmela] -, ou avançar com um programa de mobilidade que permitirá transferir colaboradores para outras unidades no País.
No âmbito de reestruturação, a Faurecia, um dos maiores fornecedores de componentes auutomóveis da Volkswagen Autoeuropa, em Palmela, anunciou o despedimento colectivo de 92 trabalhadores. A fábrica empregava no início do ano 396 trabalhadores.
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Faurencia avança com despedimento coletivo em Palmela |
Em 2005, a Faurecia perdeu o negócio da pintura da VW Autoeuropa para a SPPM, situação que levou a empresa a procurar outros clientes. A Faurecia esteve na corrida para ficar com a SPPM, que enfrenta vários problemas financeiros, mas as partes não chegaram a acordo.
No total, a fábrica já dispensou 40 por cento da força de trabalho este ano, ou seja, 140 colaboradores, sendo que mais de 40 pessoas saíram com rescisões de mutuo acordo. "Vamos terminar o ano com apenas 192 trabalhadores na fábrica. Infelizmente esta realidade está a alastrar-se a todo o parque industrial da Autoeuropa", sublinha o responsável.
A administração da Faurecia em conjunto com a comissão de trabalhadores tentou durante algum tempo encontrar alternativas, que podiam passar por integrar alguns dos trabalhadores nas empresas em que o grupo Faurecia detém 50 por cento do capital - SAS e Vanpro [também situadas no parque industrial de Palmela] -, ou avançar com um programa de mobilidade que permitirá transferir colaboradores para outras unidades no País.
“Situação económica tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos” Segundo um comunicado da administração da fábrica, “tendo em conta o abrandamento de volume de negócio por parte dos seus clientes, especialmente no sector da pintura, e ainda, o facto de não se preverem novos negócios”, leva a Faurecia a ser “obrigada a restruturar esta unidade, reduzindo o número de trabalhadores, de forma a assegurar a sustentabilidade da sua fábrica”.
Essa reestruturação implicará, no total, uma redução de 92 postos de trabalho (diretos e indiretos), no início de 2013 e “permitirá que a fábrica de Palmela da Faurecia consiga enfrentar de forma adequada os próximos anos, assegurando a sustentabilidade e competitividade da sua atividade”.
Segundo a empresa, o processo de reorganização passa pela redução de 51 postos de trabalho na área de Sistemas de Interiores da Faurecia - “devido à redução de volume de produção e à finalização de projetos em curso” - e pela transferência da unidade de pintura de pára-choques de Palmela, na área de Sistemas de Exteriores da Faurecia, para Tudela (em Espanha), o que atingirá 41 postos de trabalho.
Ainda em comunicado, a Faurecia refere que a reestruturação da fábrica de Palmela - inicialmente construída em 1994 – surge, para “contribuir para o desenvolvimento sustentável da sua atividade” que fornece o complexo industrial da Volkswagen Autoeuropa e que, ”ao longo dos anos, foi adquirindo novos projetos, como a produção de componentes para a PSA Peugeot-Citroën (pintura de para-choques) e para outras marcas do Grupo Volkswagen (pintura de cockpits)”.
Reconhecendo que esta estratégia tem “melhorado a situação da fábrica”, a empresa adianta que “a sua situação económica tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos, tendo sido agravada com a recente desaceleração e redução da produção na indústria automóvel europeia”.
Essa reestruturação implicará, no total, uma redução de 92 postos de trabalho (diretos e indiretos), no início de 2013 e “permitirá que a fábrica de Palmela da Faurecia consiga enfrentar de forma adequada os próximos anos, assegurando a sustentabilidade e competitividade da sua atividade”.
Segundo a empresa, o processo de reorganização passa pela redução de 51 postos de trabalho na área de Sistemas de Interiores da Faurecia - “devido à redução de volume de produção e à finalização de projetos em curso” - e pela transferência da unidade de pintura de pára-choques de Palmela, na área de Sistemas de Exteriores da Faurecia, para Tudela (em Espanha), o que atingirá 41 postos de trabalho.
Ainda em comunicado, a Faurecia refere que a reestruturação da fábrica de Palmela - inicialmente construída em 1994 – surge, para “contribuir para o desenvolvimento sustentável da sua atividade” que fornece o complexo industrial da Volkswagen Autoeuropa e que, ”ao longo dos anos, foi adquirindo novos projetos, como a produção de componentes para a PSA Peugeot-Citroën (pintura de para-choques) e para outras marcas do Grupo Volkswagen (pintura de cockpits)”.
Reconhecendo que esta estratégia tem “melhorado a situação da fábrica”, a empresa adianta que “a sua situação económica tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos, tendo sido agravada com a recente desaceleração e redução da produção na indústria automóvel europeia”.
Grupo tem oito fábricas em Portugal Com a implementação das medidas, a fábrica de Palmela espera “beneficiar de uma organização industrial, adaptada ao nível da sua atividade”, “dedicar exclusivamente a sua atividade aos sistemas de interiores, “focar-se totalmente no cliente Volkswagen”, “trabalhar com um total de 192 colaboradores” e “desenvolver positivamente a sua atividade, garantindo a viabilidade económica do negócio”.
No mesmo documento, a empresa refere que “a Comissão de Trabalhadores foi devidamente informada sobre esta reestruturação” e que “a Faurecia continuará a colaborar com os representantes dos seus trabalhadores no desenvolvimento e implementação deste processo” de reorganização.
“A Faurecia irá dar o apoio necessário aos colaboradores abrangidos por estas medidas, na procura de soluções de empregabilidade adequadas, tanto interna como externamente ao Grupo, quando e onde for possível”, acrescenta a administração.
A Faurecia de Palmela produz vários componentes (partes do 'tablier' e forras das portas) para o modelo VW Eos, produzido na Autoeuropa. Em Portugal, o grupo francês tem oito fábricas em Portugal - Bragança, Nelas, Palmela, São João da Madeira e Vouzela -, onde emprega cerca de três mil trabalhadores. A empresa tem ainda duas 'joint-ventures' em Palmela, a Vanpro e a SAS. O grupo de origem francesa, que tem como principal cliente nacional a VW Autoeuropa, teve um volume de vendas de 603 milhões de euros, em 2010.
No mesmo documento, a empresa refere que “a Comissão de Trabalhadores foi devidamente informada sobre esta reestruturação” e que “a Faurecia continuará a colaborar com os representantes dos seus trabalhadores no desenvolvimento e implementação deste processo” de reorganização.
“A Faurecia irá dar o apoio necessário aos colaboradores abrangidos por estas medidas, na procura de soluções de empregabilidade adequadas, tanto interna como externamente ao Grupo, quando e onde for possível”, acrescenta a administração.
A Faurecia de Palmela produz vários componentes (partes do 'tablier' e forras das portas) para o modelo VW Eos, produzido na Autoeuropa. Em Portugal, o grupo francês tem oito fábricas em Portugal - Bragança, Nelas, Palmela, São João da Madeira e Vouzela -, onde emprega cerca de três mil trabalhadores. A empresa tem ainda duas 'joint-ventures' em Palmela, a Vanpro e a SAS. O grupo de origem francesa, que tem como principal cliente nacional a VW Autoeuropa, teve um volume de vendas de 603 milhões de euros, em 2010.
Paulo Jorge Oliveira
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