Dia da Mulher celebrado em Palmela

Debate sobre mulheres e Canja de Mel no Cine-Teatro São João

A Câmara de Palmela assinala o Dia Internacional da Mulher com duas iniciativas no cineteatro S. João, em Palmela. Esta manhã a presidente da autarquia, Ana Teresa Vicente, esteve numa sessão pública com Natacha Amaro, do Movimento Democrático de Mulheres e esta tarde o grupo de teatro “as avozinhas” leva à cena Canja de Mel.


Avozinhas recuperam Canja de Mel esta tarde em Palmela 



Às 10 horas, decorre uma sessão pública, aberta à participação das trabalhadoras do Município e da comunidade em geral, com intervenções da Presidente da Câmara Municipal, Ana Teresa Vicente, e de Natacha Amaro do MDM – Movimento Democrático de Mulheres.
O 10º aniversário do grupo de teatro “As Avózinhas” é pretexto, a partir das 15 horas, para a apresentação da peça “Canja de Mel”, seguida de uma conversa, com convidados, sobre o trabalho realizado por este grupo de mulheres de Palmela. A organização é da responsabilidade da FIAR, Associação Cultural.


Canja de Mel

Um grupo de mulheres quer presentear uma criança com uma verdadeira canja, canja de um pica no chão. «As crianças hoje já não sabem o que é comer, é só plástico».
O galo já foi encontrado, ao vivo, a bancada e as cadeiras também e as facas são só trazer de casa. Diga-se que, na verdade, qualquer pequena controvérsia é, de há uns tempos para cá, motivo para estas mulheres se encontrarem e realizarem qualquer acontecimento. Até teatro, vejam lá. Mas naquele dia a proposta era arriscada. Havia que matar e sangrar o animal e cozinhar com competência. E o primeiro obstáculo surge logo com a eleição da matadora. Todas já o tinham feito, todas sabiam como se faz, que era canja, mas à medida que vão chegando armadas de grandes navalhas, a coragem esvai-se. E como o tempo precisa de tempo e o silêncio é dos cemitérios, é altura de discutir, por vezes com a irritação que a questão justifica, mas derivando para outras águas. Para o passado, para o futuro. Para os maridos, ex e futuros, para a vida passada que merece reflexão e conhecimento. O menino vai chegar, não vai ter a sua canja verdadeira, porque já nem as avozinhas têm coragem e competência para a cozinharem, mas vai assistir a uma edificante e contraditória lição de vida e, no fim de tudo, todo o mundo comerá uma sopa Juliana?

Ficha artística:
Texto e Dramaturgia: Cândido Ferreira;
Encenação e Direção de Atores: Dolores de Matos;
Olhar Plástico e Figurinos: Marta Gonzalez;
Espaço Sonoro: Miguel Cervini e Duarte Cabaça;
Desenho de luz: João Chicó;
Fotografia: Ana Teixeira;
Registo de vídeo: Bernardo Conceição;
Elenco: Grupo de Teatro Comunitário “As Avózinhas” e Dolores de Matos.

Agência de Notícias 

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