Histórias do Mundo: O milionário solidário


Homem mais rico da África do Sul vai doar metade da fortuna aos carenciados

O milionário sul-africano Patrice Motsepe anunciou ontem que vai doar metade da sua fortuna a uma fundação de solidariedade, respondendo desta forma a uma campanha internacional dos filantropos norte-americanos Bill Gates e Warren Buffett. 


Bilionário sul-africano doa metade da fortuna a carenciados 

Natural do Soweto, a sul de Joanesburgo, Patrice Motsepe, de 51 anos, controla o grupo mineiro African Rainbow Minerals e é a oitava fortuna do continente africano, avaliada em 2,65 mil milhões de dólares (cerca de 1,95 mil milhões de euros), segundo a revista norte-americana Forbes. 
“As necessidades e os desafios são grandes e espero que este compromisso encoraje outros na África do Sul e em outras economias emergentes a dar e a fazer o mundo um lugar melhor”, afirmou o milionário, num comunicado.
“Decidi há algum tempo dar pelo menos metade dos recursos gerados pelos ativos familiares para cuidar dos sul-africanos desfavorecidos, pobres e marginalizados”, revelou Motsepe.
Este dinheiro “será utilizado durante a sua vida e depois (…) de forma a melhorar o quotidiano e as condições de vida dos sul-africanos pobres, deficientes, desempregados, mas também das mulheres, dos jovens e dos trabalhadores”, referiu a mulher do milionário, Precious, em declarações a uma rádio local.

Campanha lançada por Bill Gates
Patrice Motsepe é o primeiro africano a responder à campanha "Giving Pledge", uma ação lançada em 2010 pelo investidor Warren Buffet e o fundador da Microsoft, Bill Gates, que pretende encorajar as pessoas mais ricas do mundo a doar uma parte substancial das suas fortunas para projetos solidários.
Desde o lançamento da campanha, cerca de 70 milionários responderam ao apelo, incluindo o fundador da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, ou o co-fundador da Intel (fabricante de processadores), Gordon Moore.
Patrice Motsepe integra o grupo de empresários sul-africanos que beneficiaram com a lei sobre a emancipação económica da comunidade negra do país, que obrigou as empresas que investiam na África do Sul a integrar acionistas não brancos após o fim do regime do apartheid (regime de segregação racial).
O grupo African Rainbow Minerals explora minas de ouro, platina, ferro e carvão no território sul-africano, e de cobre na Zâmbia e na República Democrática do Congo.
O empresário possui igualmente o clube de futebol Mamelodi Sundowns, com sede em Pretoria.
Os fundos doados pelo empresário vão ser canalizados para a fundação da família Motsepe, criada em 1999. A organização é responsável, entre outras ações, por programas nas áreas da educação e da agricultura.

Agência de Notícias 

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