Canil no Seixal sem comida para alimentar 92 cães


Abrigo de cães abandonados precisa da ajuda de todos

Um canil no Seixal está sem comida para alimentar os 92 animais. A família proprietária do canil “Abrigo” tem uma relação invulgar com os animais, financia os custos e chega a dormir no espaço para garantir a segurança dos cães. A dona do espaço que acolhe os animais abandonados está desesperada porque já começa a faltar a comida para alimentar as 92 bocas.

Abrigo tem, neste momento, 92 cães que foram esquecidos pelos donos

O abrigo nasceu há cerca de 10 anos, por iniciativa de Maria Teresa, que não aguentava ver os animais abandonados pelas ruas. A história foi contada ao JN, por uma amiga, que optou por não se identificar, mas que tem colaborado com a proprietária. "Ela (a D. Maria) começou num terreno emprestado, mas, para se tornar mais independente e não criar problemas a ninguém acabou por alugar o atual espaço em Pinhal de Frades, no Seixal, onde os animais estão muito bem tratados, e a quem ela dá todo o apoio e carinho", conta a colaboradora. 
Só que, segundo o mesmo testemunho, os últimos tempos têm-se revelado particularmente penosos. Por um lado, a crise, que faz com que haja muito mais gente a abandonar os seus animais, por outro pessoas que pedem abrigo temporário para os cães, prometem levar ração e ajudar a cuidá-los, mas desaparecem sem deixar rasto.
A situação tornou-se ainda mais aflitiva há cerca de um mês quando uma instituição que tinha pedido à proprietária para acolher 22 cães, deixou de aparecer e de fornecer as rações necessárias. “Neste momento estamos a viver uma situação dramática porque deixaram aqui 22 cães com a promessa de que iam alimentar os cães para sempre e foram, simplesmente abandonados aqui”, disse Maria Teresa, proprietária do espaço, à SIC. E dos donos, nem sinal…

O Abrigo precisa da sua ajuda
Privada deste apoio, e com cada vez mais gente a deixar-lhe cães, “devido à crise”, Maria Teresa está a passar por "momentos de grande angústia". Os animais chegam muitas vezes mal tratados e mal nutridos ao “Abrigo”. A proprietária conta com a ajuda de uma clínica veterinária da zona que cuida de forma gratuita dos animais. Mas não chega! Todos os custos são suportados por ela e pela família que muitas vezes chega a passar a noite num anexo da quinta para garantir a segurança dos cães.
Uma colaboradora disse mesmo ao JN que Maria Teresa “adora os animais, praticamente tudo o que ganha é para eles, mas tem tido imensas insónias, porque não sabe mais como alimentá-los. Ainda há dias confessou que só tinha 20 quilos de ração para alimentar 92 cães". Hoje será já muito menos.

Como ajudar
A crise tem também agravado a situação. Há um ano existia 30 cães, hoje são 92, porque há cada vez mais gente a “abandonar os animais e menos a adotá-los", diz uma amiga de Maria Teresa.
“Às vezes pensamos que eles vão morrer mas tento não baixar os braços. Mas a situação está tão complicada que… apetece-me baixar os braços”, conta a proprietária que luta diariamente com a falta de comida para os animais.
A Branquinha foi encontrada no lixo nas ruas do Seixal e tem casa porque há o Abrigo. Mas este Abrigo da Branquinha e dos outros 91 companheiros precisa de ajuda. Para além da comida – que já é doada por algumas boas pessoas – é preciso tudo o resto: cobertores, casotas, camas, detergentes, pás, vassouras fazem falta e podem dar mais qualidade de vida a estes animais… todos encontrados na rua e onde não lhe falta amor.
Quem quiser ajudar pode contactar o número 969696976 ou através do NIB 0018 0000 00445 279 00145. Afinal, ajudar não custa nada.

Agência de Notícias 

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