Ciclismo internacional mostra Arrábida ao mundo

Clássica da Arrábida realiza-se este fim-de-semana em Setúbal, Sesimbra e Palmela 

A região da Arrábida será a capital do ciclismo português no segundo fim-de-semana de Março. No Sábado (dia 10), realiza-se o Granfondo da Arrábida, que juntará centenas de participantes. No dia seguinte é a vez de o pelotão de elite se fazer à estrada para a estreia internacional da Clássica da Arrábida. A iniciativa resulta de um protocolo, com três anos de vigência, que une a Federação Portuguesa de Ciclismo as Câmaras de Palmela, Sesimbra e Setúbal no objectivo de dinamizar a Arrábida enquanto região privilegiada para a prática de ciclismo, em lazer, em treino e em competição. A prova de ciclismo profissional que faz parte do calendário da União Ciclística Internacional e que trará à região as melhores equipas e os melhores ciclistas portugueses e formações da Espanha, Rússia, Luxemburgo e Inglaterra. Este ano, a apresentação foi em Palmela, a partida será em Sesimbra, na Avenida da Liberdade, e a chegada será em Setúbal. 
Pelotão nacional regressa este fim de semana à Arrábida 


Ruben Guerreiro, da Trek Segafredo, atual campeão nacional de estrada e segundo classificado na subida ao alto do Malhão na volta ao Algarve deste ano, e Rafael Reis, da equipa profissional continental espanhola Caja Rural, vão participar na Clássica da Arrábida, que se disputa no dia 11 de Março, domingo, em representação da seleção nacional de elites.
A prova, com 170 quilómetros, tem início na Avenida da Liberdade, em Sesimbra, percorre várias estradas da região, sobe a Arrábida e termina no Forte de S. Filipe, em Setúbal. Para além das principais formações profissionais portuguesas, a Clássica conta com equipas profissionais continentais estrangeiras, entre as quais a britânica Wiggins, cujo responsável é o ex-ciclista Bradley Wiggins, detentor de várias medalhas de ouro olímpicas, vencedor do Tour de França em 2012, e campeão do mundo de contrarrelógio em 2016. A Wiggins é um projeto de formação, de onde estão a despontar vários talentos, que já são cobiçados pelas principais equipas mundiais.
A Clássica da Arrábida surge de uma parceria entre os três municípios da Arrábida, Palmela, Sesimbra e Setúbal, Federação Portuguesa de Ciclismo e a empresa Lima & Limão - Cycling Services. "O objetivo é divulgar todas as potencialidades da região da Arrábida, tanto para a prática desta modalidade, como de outras modalidades associadas ao ar livre e à natureza", refere a organização.
Para isso, foi estabelecido um protocolo entre estas cinco entidades, válido por três anos, com base no qual a prova passará pelos três concelhos. Em 2017, a apresentação oficial foi feita em Sesimbra, a partida foi em Setúbal e a chegada em Palmela. Este ano, a apresentação foi em Palmela, a partida será em Sesimbra, na Avenida da Liberdade, e a chegada será a Setúbal.
A Clássica da Arrábida conta com quatro prémios de montanha, um de segunda categoria, em Palmela, logo após a subida da Estrada da Cobra, e três de terceira categoria, concretamente no Alto das Necessidades, no Alto dos Picheleiros e no cruzamento para o Portinho da Arrábida, antes da descida até Setúbal.

Arrábida, região de eleição para o turismo de bicicleta
Em 2019. A prova sairá de Palmela e terminará em Sesimbra. O acordo engloba também a realização do Grand Fondo da Arrábida, prova destinada a ciclistas amadores, que é dividida em três distâncias: o Mini Fondo, com 53 quilómetros, o Medio Fondo, com 89, e o Grand Fondo, com 119.
Os Grand Fondo são provas bastante populares que chegam a juntar milhares de praticantes de ciclismo que, para além de uma vertente competitiva tem uma vertente de turismo e lazer muito forte. Tal como a Clássica, o Grand Fondo foi dividido pelos três municípios. Em 2017 teve partida e chegada em Palmela, este ano tem como anfitrião o concelho de Setúbal, e em 2019, terá partida e chegada a Sesimbra.
Na apresentação da edição deste ano, que decorreu na Casa Mãe da Rota de Vinhos, em Palmela, Delmino Pereira, presidente da Federação afirmou que esta Clássica "é uma prova com carisma, e uma mais-valia para a região, pois assenta na lógica de Cyclin Portugal, que conjuga o interesse desportivo, turístico e económico". 
A importância desta iniciativa foi igualmente destacada por João Serralheiro, da empresa Lima & Limão. "A Clássica da Arrábida quer assumir-se como uma prova única, porque tem caminhos em terra batida, o que é uma novidade em Portugal, neste tipo de competição", e porque "é um evento que promove, em simultâneo, o ciclismo e a região".
Está, também, a ser criado um livro com percursos homologados para a prática de ciclismo na Arrábida, que vai permitir divulgar, orientar e disciplinar esta atividade, para mais ciclismo de qualidade na região. A publicação deve ser lançada no próximo ano.
Para Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, esta parceria nasce "como aposta estratégica de marketing territorial, traduzindo-se num eco projeto, com componente ambiental e forte envolvimento das comunidades". Francisco Jesus, presidente da Câmara de Sesimbra, sublinhou que este evento "faz parte de uma estratégia comum dos três municípios com vista à valorização da Arrábida, um recurso de todos", tendo ainda afirmado que "é também uma forma de promover o desporto e, em particular, uma modalidade que é muito popular nesta região".

Agência de Notícias com Câmara de Sesimbra

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