Lauak investe 32 milhões em Grândola até 2019

Empresa vai produzir componentes para aeronáutica em 2019

A multinacional francesa Lauak vai investir 32 milhões de euros em Grândola para produzir componentes para a indústria aeronáutica a partir de 2019, tendo já iniciado o processo de recrutamento de recursos humanos. A construção das instalações industriais da empresa em Grândola, num projeto de investimento de "32 milhões de euros", aguarda a conclusão de formalidades, como a assinatura do contrato da obra e a obtenção da licença para remoção de terras, explicou à agência Lusa o diretor-geral da Lauak Portugal, Armando Gomes. A empresa, que já tem uma unidade de produção em Setúbal, vai produzir a partir de Grândola materiais compósitos e portas de bagageira de carga para a Airbus.
Grândola capta investimento do setor aeronáutico 

A construção das instalações industriais da empresa em Grândola, num projeto de investimento de "32 milhões de euros", aguarda a conclusão de formalidades, como a assinatura do contrato da obra e a obtenção da licença para remoção de terras, explicou hoje à agência Lusa o diretor-geral da Lauak Portugal, Armando Gomes.
"A primeira fase é a remoção de terras e na segunda fase vamos começar a construir para que em Outubro a construção principal tenha terminado e as máquinas comecem a ser instaladas", adiantou o responsável da empresa, que prevê começar a produzir no início de 2019.
A fábrica de Grândola vai ter três linhas autónomas de produção, sendo a primeira a entrar em funcionamento, no início do próximo ano, destinada a produzir peças destinadas ao avião A320 da Airbus, estando também previsto posteriormente o fornecimento de componentes para o modelo A330 e o Falcon.
O investimento, que inicialmente estava previsto ser de 25 milhões de euros, subiu para os 32 milhões de euros, após negociações com a Airbus para a "produção de outras peças maquinadas".
"Houve uma alteração. Houve uma parte de peças maquinadas, um contrato que estamos a fechar agora com os nossos clientes, que fez aumentar o projeto de investimento em sete milhões de euros, por conta de novas máquinas para produzir essas peças", revelou o responsável da empresa em Portugal.
Armando Gomes explicou haver o compromisso da empresa com a Airbus para assegurar o fornecimento das componentes produzidas em Grândola a partir de 2019.
"Queremos começar a fornecer os elementos desses compósitos em 2019, temos que fornecer, [porque] temos contratos já feitos", afirmou, indicando que há peças que têm de ser fornecidas "a partir de Janeiro".

Fabrica vai ter na primeira fase cerca de 50 trabalhadores 
A Lauak, que já tem uma unidade de produção em Setúbal, vai produzir a partir de Grândola materiais compósitos e portas de bagageira de carga para a Airbus.
A empresa já deu início ao processo de recrutamento para a formação de trabalhadores, que vai decorrer ao longo de 2018, tendo decorrido em Grândola uma sessão pública de apresentação do projeto e de recolha de candidaturas, que lotou o auditório do Cineteatro Grandolense.
"São formações que vão demorar entre seis meses e um ano", adiantou o mesmo responsável, indicando que o processo de formação em "Tratamento de Metais, Montagem de Estruturas e Compósitos", que atribui uma qualificação de nível IV, vai decorrer em Grândola, Évora e Setúbal.
A fábrica deve iniciar a laboração com "40 a 50 trabalhadores", estando previsto que dois anos depois empregue "200 a 250" pessoas.
A empresa anunciou também a construção de uma creche, destinada a acolher os filhos dos trabalhadores.
"No plano de construção da empresa, na parte social, há uma creche, para todos os trabalhadores que têm bebés deixarem lá os filhos e não andarem com ´dores de cabeça` de um lado para o outro", disse.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes (CDU), considerou que o investimento "vai alterar o paradigma de desenvolvimento" no concelho e que vai "ter impacto regional" a nível da criação de emprego.
"Provavelmente nós não vamos ter capacidade de resposta para os empregos que se vão criar aqui, isto vai ter um impacto regional, sobretudo aqui no litoral alentejano", afirmou, satisfeito com a fixação da unidade fabril e da sede da empresa em Grândola.

Agência de Notícias com Lusa

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