Câmara da Moita saúda investimento da Riberalves

"Um investimento de grande significado para o concelho e para a região" 

A Câmara da Moita congratula-se com o anúncio da empresa Riberalves que vai investir quatro milhões de euros nas instalações sediadas na freguesia do Gaio Rosário. O anúncio, feito no final da semana passada, surge na sequência de vários contactos realizados pela autarquia com empresas na procura de novos investimentos para o concelho e na consolidação dos existentes, em linha com a atuação definida ao nível do desenvolvimento económico, em especial na criação de mais postos de trabalho, e de melhores condições para quem vive e trabalha no concelho.
Executivo da Câmara da Moita aplaude investimento no concelho 

O investimento da Riberalves, que deve ser concretizado no próximo ano, permite o alargamento das atuais instalações, representando um aumento de 20 por cento da capacidade produtiva e de armazenamento, daquela que é empresa líder no mercado nacional de bacalhau.
O presidente da Câmara, Rui Garcia, considera tratar-se de um "investimento de grande significado, quer pelo prestígio da empresa, mas também pela confiança que a Riberalves revela nas potencialidades do concelho, quer pelo número de postos de trabalho que este investimento irá concretizar".
A Riberalves, líder do mercado nacional de bacalhau, vai investir quatro milhões de euros no aumento da capacidade produtiva da fábrica da Moita, no próximo ano. A empresa anunciou obras para 2018 e a intenção de contratar mais 30 trabalhadores. “Vamos investir no aumento de 20 por cento da capacidade produtiva e de armazenamento na fábrica da Moita”, afirmou o administrador da empresa, Ricardo Alves, à agência Lusa, no final do mês passado.
“Quanto mais tempo o bacalhau estiver em cura maior qualidade tem, por isso queremos investir no armazenamento”, justificou a empresa. Com a ampliação da unidade, cujas obras vão decorrer em várias fases durante o próximo ano, a empresa espera vir a contratar cerca de 30 trabalhadores, que se vão juntar aos 450 distribuídos entre as fábricas da Moita e de Torres Vedras.

A Riberalves espera encerrar 2017 em linha com 2016, com 144 milhões de euros facturados, a maioria dos quais são obtidos no mercado interno.
Metade da facturação é gerada nos últimos quatro meses do ano, face ao aumento de consumo durante o período do Natal.

Uma produção anual de 25 mil toneladas
Do volume total de negócios, 43 milhões de euros são oriundos das exportações para mais de 20 países, sendo o Brasil o principal mercado da Riberalves.
Nos próximos anos, a empresa pretende apostar num novo produto, o bacalhau sem espinhas e sem pele já processado para cozinhar, a pensar sobretudo nos EUA, um dos seus mercados emergentes onde “não se sabe comer peixe sem espinhas e sem pele, mas antes em filete”.
As vendas do bacalhau demolhado ultracongelado já ultrapassaram as do bacalhau tradicional seco e aumentaram o peso na facturação global de 55 em 2016 para 62 por cento este ano.
“Estamos a assistir a uma mudança nos hábitos de consumo e as pessoas preferem comprar o bacalhau demolhado ultracongelado, por estar pronto a cozinhar, em vez do bacalhau seco, uma vez que demora três dias a demolhar”, explicou.
A Ribeiralves tem uma produção anual de 25 mil toneladas. Estima-se que 88 por cento das famílias portuguesas consumam bacalhau pelo menos uma vez por ano, motivo pelo qual são processadas por ano em Portugal 40 mil toneladas, que correspondem a um volume de negócios de 400 milhões de euros, 100 dos quais no mercado externo, e dois mil postos de trabalho.

Agência de Notícias com Lusa

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