Autarquias do Seixal pela falta de barcos para Lisboa

Autarcas e utentes consideram que situação na Transtejo é “insustentável”

O presidente da Câmara, Joaquim Santos, apanhou nesta segunda-feira,  um barco na cidade em direção a Lisboa, pelas 8h10, para demonstrar “a sua solidariedade para com a população” do concelho, anunciou o município, em comunicado.  De acordo com a autarquia, nos últimos tempos a população do Seixal “tem vindo a ver reduzido o número de carreiras diárias e, apesar de apresentar milhares de reclamações, não obtém qualquer resposta por parte da empresa”. Em causa está a "redução permanente das ligações fluviais, que têm vindo a acontecer drasticamente nos últimos anos, prejudicando os munícipes que utilizam diariamente este meio de transporte nas suas deslocações". A Transtejo transporta, só no Seixal, mais de cinco mil pessoas por dia.
Autarca do Seixal viajou com utentes para Lisboa 

O presidente da Câmara, Joaquim Santos, apanhou hoje um barco na cidade em direcção a Lisboa, pelas 8h10, para demonstrar “a sua solidariedade para com a população” do concelho do distrito de Setúbal, anunciou o município, em comunicado.
De acordo com a autarquia, nos últimos tempos a população do Seixal “tem vindo a ver reduzido o número de carreiras diárias e, apesar de apresentar milhares de reclamações, não obtém qualquer resposta por parte da empresa”.
O actual executivo, em conjunto com o presidente da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, António Santos, e vários elementos da Comissão de Utentes dos Transportes realizaram a viagem até à capital para demonstrar que “o transporte fluvial assume um papel de extrema importância na mobilidade das populações”.
As embarcações transportam cerca de cinco mil pessoas por dia para Lisboa, pelo que o município “reitera a sua solidariedade para com a população na reivindicação de mais carreiras, mais investimento nas frotas e ainda a criação de novas carreiras que possam ligar os concelhos ribeirinhos do Seixal, Almada, Barreiro e Montijo”.
Joaquim Santos referiu ainda, citado no comunicado, que “esta é uma situação insustentável, que prejudica diariamente a população, que paga um serviço do qual não usufrui”.
Desde 2011, acrescentou, já foram suprimidas 16 carreiras diárias e o desinvestimento da Transtejo e Soflusa – empresas de transporte público fluvial – na manutenção e reforço da frota tem-se vindo a acentuar.
As inúmeras supressões de carreiras por parte da Transtejo e Soflusa têm sido alvo de reclamações e protestos por parte da população, que tenta ver resolvida a situação.
O autarca lembrou que “apesar das várias reuniões e reivindicações da autarquia, até ao momento nada foi feito, apesar de em Junho deste ano o Ministério do Ambiente ter anunciado um investimento de 10 milhões de euros para o plano de manutenção da frota de navios da Transtejo e Soflusa”.

4ª maior travessia do mundo em termos de passageiros 
De acordo com o Plano de Mobilidade e Transportes Intermunicipal, apresentado recentemente, o transporte fluvial de Lisboa encontra-se em “4.º lugar no mundo em termos de volume de passageiros médio diário de sistemas fluviais metropolitanos, com o total de 74 236 passageiros por dia, só superado por Istambul (150 mil passageiros), Rio de Janeiro (106 mil passageiros) e Nova Iorque (75 mil passageiros)”, relembra a autarquia no comunicado.
Segundo o mesmo documento, só no Seixal são transportados 5573 passageiros por dia, número que poderia ser superior se a oferta do número de carreiras fosse também superior”, ressalva.
A Transtejo é a empresa responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa, enquanto a Soflusa faz a ligação entre o Barreiro e a capital.



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