GNR salvou 69 animais de residência em Alhos Vedros

43 cães, 25 gatos e uma ave protegida resgatados de uma casa por falta de condições   

O Núcleo de Proteção Ambiental da GNR do Montijo recuperou terça-feira 69 animais vítimas de maus tratos numa residência da localidade de Alhos Vedros, no concelho da Moita. Entre os animais encontrados durante uma busca domiciliária, ordenada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal da Moita à residência e alguns anexos da mesma, estava um gaio comum, uma espécie protegida, que foi entregue no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas da Reserva Natural do Estuário do Tejo, em Alcochete. Os outros 68 animais, 43 cães e 25 gatos, foram encaminhados para o Centro de Recolha Oficial do Barreiro e Moita para acolhimento e assistência médico veterinária, ficando à guarda daquele centro até decisão judicial para poderem ser adotados.
69 animais estavam numa casa em Alhos Vedros 

Foi realizado um mandato de busca domiciliária, dirigido pela Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal da Moita, à residência e aos seus anexos, que já eram referenciados por serem locais de acumulação de animais de companhia e alvo de denúncias. Apesar de terem existido algumas acções de fiscalização à casa, as condições de bem-estar animal, salubridade pública e eventualmente maus tratos agravaram-se nos últimos tempos, adianta a GNR em comunicado.
Todos os animais realizaram um exame médico-veterinário. Os 68 animais de companhia foram encaminhados para o Centro de Recolha Oficial do Barreiro e Moita para acolhimento e assistência médico-veterinária, ficando à guarda deste centro até que sejam encaminhados, por decisão judicial, para posterior adopção. O gaio-comum foi entregue na Reserva Natural do Estuário do Tejo, em Alcochete. 
Além do Núcleo de Proteção Ambiental da GNR do Montijo, a busca domiciliária teve a participação de elementos da Autoridade Veterinária Municipal do Montijo, apoiados por médicos veterinários do Barreiro e da Moita, uma técnica de saúde e uma psicóloga, ambas da Câmara da Moita.
Neste momento, a mulher que tinha à sua guarda estes animais “ficou com o que a lei lhe permite: seis cães”, explica o chefe da Secção do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente de Setúbal, José Vieira. Segundo o tenente-coronel, “está a decorrer um processo-crime e o inquérito está em fase de instrução. Agora o Ministério Público pode arquivar ou suspender o processo ou fazer a acusação”.

Agência de Notícias 


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