Setúbal aprova estudo urbanístico para a Várzea

Estudo reorganiza Parque Urbano da Várzea

A Câmara de Setúbal aprovou, em reunião pública, um estudo urbanístico para a zona envolvente do futuro Parque Urbano da Várzea, instrumento que aponta formas e condições para a ocupação daquela área da cidade. Trata-se de um espaço de recreio e de lazer para a população no qual são integradas bacias de retenção de águas pluviais que permitem a regularização do regime de escoamento da Ribeira do Livramento e o controlo das cheias nas áreas urbanas da cidade localizadas a jusante. O estudo, que concentra um conjunto de objetivos de desenvolvimento urbanístico, realça que a relação estabelecida entre o Parque Urbano da Várzea e a área urbanizável “proporciona uma nova frente edificada muito qualificada e valorizada na área central da cidade”, diz a autarquia. 
Câmara de Setúbal quer reorganizar a zona da Várzea  

O Estudo Urbanístico da Envolvente do Parque Urbano da Várzea, elaborado pelo gabinete Bruno Soares Arquitetos, abrange uma área de intervenção com 204 mil 739 metros quadrados balizada entre a Ribeira do Livramento, a poente, a Avenida dos Ciprestes, a nascente, a Avenida da Europa, a sul, e uma propriedade privada, a norte.
A área de intervenção, composta por 17 parcelas privadas, engloba as quintas da Boa Esperança, da Azedinha, da Saudade, da Inveja, da Azeda, da Restaurada, de Prostes e da Mouca, bem como o loteamento situado entre a Quinta da Saudade e Avenida dos Ciprestes e um edifício de habitação entre a Avenida dos Ciprestes e Quinta da Mouca.
O Estudo Urbanístico da Envolvente do Parque Urbano da Várzea, preparado entre 2012 e 2014, enquadra-se, de acordo com o Plano Diretor Municipal, em Espaços Urbanizáveis – Área Habitacional de Alta Densidade e Área Verde de Recreio e Lazer, a integrar no futuro Parque Urbano da Várzea.
No que respeita à construção e integração urbanística do Parque Urbano da Várzea e bacias de retenção e regularização de cheias, foram concertados os limites do parque e da área urbanizável, os perfis e as cotas dos arruamentos envolventes, a modelação do terreno, assim como os acessos ao parque.
A estruturação da rede viária é outra das metas propostas no estudo. Neste caso, o instrumento procura dar resposta às funções viárias de ligação entre aquela zona e a zona central da cidade, bem como de ligação entre as zonas urbanas a nascente e a poente do futuro Parque Urbano da Várzea.
O estudo propõe, entre outros, um conceito de circulação “em anel” e o estabelecimento de uma nova ligação transversal através do prolongamento da Avenida de Moçambique até à Avenida dos Ciprestes. Propõe, ainda, o abandono do prolongamento da Avenida Antero de Quental, em viaduto, sobre a área destinada ao Parque Urbano da Várzea.
O Estudo Urbanístico da Zona Envolvente ao Parque Urbano da Várzea aponta também ao desenvolvimento de uma nova centralidade da cidade, estruturada pela avenidas Antero de Quental e dos Ciprestes e através da concentração de serviços, comércio, equipamentos coletivos e atividades relacionadas com o turismo.
Relativamente à organização da edificação e qualificação urbanística da zona envolvente do futuro Parque Urbano da Várzea foram estudadas soluções alternativas de ocupação, concretamente programas funcionais, com menor e maior presença do setor terciário, a par de diferentes hipóteses de edificação.

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