Barreiro recebe festival de saberes e sabores do mundo

Cidade abraça as diferentes culturas dos imigrantes

VII Festival “Encontros – Cores, Sons, Sabores e Saberes”, organizado pelo município, em parceria com associações de imigrantes concelhias, tem lugar de 6 a 8 de Maio, na praça de Santa Cruz e na travessa Padre Abílio Marques, no Barreiro. O evento, que foi apresentado recentemente à imprensa, num restaurante local, está orçado em 24 mil euros e consta de concertos, tasquinhas, exposições, documentários, debates, cinema, dança, espaço infantil, canto coral e desporto. Tudo iniciativas onde se evidenciam as diferentes culturas das famílias de imigrantes, para refletir o dia-a-dia dos imigrantes no Barreiro e enaltecer as suas imensas e variadas riquezas culturais e sociais.
Festival junta várias culturas da cidade do Barreiro 

Carlos Humberto, presidente da Câmara, afirmou que o Barreiro é um concelho de "muitos migrantes e imigrantes e, por isso, decidimos criar este festival por forma "a comemorar este percurso, na procura de melhores condições de vida, em conjunto. Estamos disponíveis para aprofundar este caminho em comum com as associações de imigrantes do concelho".
Na opinião do autarca do Barreiro, é preciso combater uma sociedade que "muitas vezes marginaliza e que
muitas vezes não integra, é preciso encontrar um espaço que visa o contrário, tal como o fazemos
com este festival", diz Carlos Humberto. Além de cultural, multidisciplinar, este certame é "progressista, solidário e construtor", sublinhou o autarca.
Já a vereadora responsável pela Cultura e Intervenção Social, explicou a evolução do Festival desde a sua primeira edição, considerando que atualmente tem uma dimensão muito maior. Realçou o papel das associações de imigrantes na organização do Festival e destacou algumas atividades do programa.
Regina Janeiro, realça que "fazia falta este encontro para partilhar as diferentes culturas, sabores, saberes e as cores. Este festival está a crescer, com segurança e confiança. Vai ser uma mostra dos hábitos das diferentes culturas", sublinha a autarca. 
O músico Valete, que atua esta noite, realçou a importância do Festival para a divulgação e partilha de culturas que, na sua opinião, “devia ser reproduzido noutros concelhos”.
Bonga, músico africano que atua no sábado, referiu que este tipo de eventos possibilita o convívio típico da cultura africana. “Estou aqui a dar o meu contributo para esta coisa tão bonita”, referiu e acrescentou que, apesar de ter um alinhamento preparado para o espetáculo, “acredito que vai ser mais ‘discos pedidos’”. “Contem comigo para dançar e fazer dançar”, prometeu o cantor angolano.
Além de Valete e Bonga, este fim de semana passam pelos dois palcos do certame Inês Paris, cantora Cabo-Verdiana, Henriquinho Júnior, músico Guineense, Soneduisa, música Cubana, além de grupos méxicanos e moldavos.
Os representantes das associações destacaram, na generalidade, a satisfação em fazerem parte da organização do Festival Encontros e o “acolhimento” que recebem os imigrantes no Barreiro, que “nos faz sentir confortáveis e barreirenses”, como referiu Pedro Luqueia de Santarém, em representação da Associação Africana do Barreiro.


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