Almada pede reposição do transporte de automóveis

Ligação Trafaria Belém suspensa há um mês reabre em Maio 

A Câmara de Almada exigiu a reposição imediata do transporte de automóveis na travessia fluvial Trafaria/Porto Brandão/Belém, suspenso temporariamente pela Transtejo desde 8 de Março, uma medida que deverá prolongar-se por mais algumas semanas. O transporte de veículos entre as duas margens do Tejo foi interrompido temporariamente devido a trabalhos de manutenção nos três `ferryboat´ que assegura a ligação fluvial entre a Trafaria (Almada) e Belém (Lisboa). Segundo a informação prestada pelo Conselho de Administração da Transtejo, "o serviço estará em condições de ser reposto até ao final da primeira quinzena do mês de Maio". 
Transtejo tem os três ferryboat em manutenção há um mês 

A empresa concessionária daquela travessia fluvial, a Transtejo, salienta, no entanto, que está assegurado o serviço de transporte de passageiros, motorizadas e bicicletas, de acordo com os horários em vigor.
Considerando que a interrupção do transporte de viaturas constituiu uma "situação fortemente lesiva para as populações", a Câmara de Almada pediu explicações ao Conselho de Administração da Transtejo.
Neste quadro, a autarquia divulgou uma nota de imprensa em que exige a "reposição imediata do serviço interrompido, de modo a fazer cessar os graves prejuízos que a situação acarreta para as populações e atividade económica do concelho de Almada".
O comunicado refere ainda que a Câmara de Almada "estranha profundamente" a ausência de uma resposta da Transtejo, "por não corresponder a um quadro de cooperação entre as entidades públicas e as empresas que prestam serviços públicos essenciais às populações".
A Câmara Municipal de Almada apela também aos milhares de utentes deste serviço público no sentido de se mobilizarem na defesa dos seus direitos, exigindo que se reponha de imediato o funcionamento regular da carreira de ligação entre a Trafaria e Porto Brandão (Almada) e Belém.

Serviço reposto na primeira quinzena de Maio 
De acordo com informação prestada pela administração da empresa, a Transtejo enfrenta uma situação preocupante, resultado de um processo de desinvestimento no serviço público de transporte fluvial que se prolonga há já 15 anos, mas fortemente agravado nos últimos anos.
Esta situação, que vem colocando sérios problemas ao nível da manutenção da frota e de outros equipamentos afetos à atividade própria da empresa, obrigou à paralisação simultânea das três “ferryboats” que asseguram o transporte de viaturas, obrigando à suspensão do serviço prestado aos cidadãos. 
Segundo a informação prestada pelo Conselho de Administração da Transtejo, "o serviço estará em condições de ser reposto até ao final da primeira quinzena do mês de Maio".
A Administração da Transtejo informou entretanto a Câmara de Almada que está a "proceder à elaboração de um plano de manutenção e reabilitação da frota, processo que virá a provocar impactos ao nível do serviço público. O Conselho de Administração comprometeu-se no entanto a procurar encontrar soluções que permitam minimizar os incómodos aos utentes".
Joaquim Judas, presidente da autarquia, reafirma a "importância social e económica que o transporte fluvial assume no quadro da atividade desenvolvida na área do estuário do Tejo", tendo transmitido à Administração da Transtejo a sua profunda preocupação "pela manutenção da situação de suspensão do serviço prestado pela empresa, sublinhando a máxima urgência na reposição integral do serviço público de transporte de passageiros e viaturas entre as duas margens do Tejo".
A Câmara de Almada irá igualmente desencadear, junto da tutela da Transtejo no Governo, "procedimentos institucionais no sentido de serem plenamente asseguradas as condições de recuperação e operação da Transtejo, assegurando plenamente o serviço público indispensável que se encontra acometido àquela empresa", concluiu Joaquim Judas.

Agência de Notícias

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