SCUPA festejou 103 anos no Montijo

Pela memória e pelo trabalho dos pescadores da cidade 

A Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense (SCUPA) reuniu entidades oficiais, parceiros e amigos da instituição na celebração de mais um aniversário, no dia 2 de Março. Na sede da instituição, o presidente da direção da SCUPA, José Maria dos Santos, agradeceu a presença de todos na celebração dos 103 anos “desta casa feita por pescadores e que continua a trabalhar para os pescadores”, apelando à participação dos jovens no movimento associativo.
SCUPA foi fundada em Março de 1913 por pescadores do Montijo

O dirigente da SCUPA aproveitou a oportunidade para solicitar ao presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, uma intervenção na zona do canal de rio que dá acesso ao novo Cais dos Pescadores, para facilitar a acessibilidade dos barcos de maior porte.
O presidente da Câmara do Montijo classificou o 103.º aniversário da SCUPA “como um acontecimento da maior importância, onde homenageamos todos aqueles que souberam fazer da SCUPA um espaço de liberdade, trabalho, solidariedade e cultura”.
O autarca deixou palavras de estímulo aos dirigentes da SCUPA, salientando que a instituição tem “desempenhado um papel insubstituível na solidariedade, na tradição e na formação de diferentes gerações de pescadores, numa passagem de testemunho de geração em geração, mantendo um património cultural que faz parte integrante da memória coletiva da nossa terra”.
Após os discursos oficiais, seguiu-se a atuação de um Grupo de Sopros da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro e, naturalmente, o bolo de aniversário pelos 103 anos da SCUPA.
A SCUPA nasceu no dia 2 de Março de 1913. A associação funcionava como uma cooperativa de consumo. Os pescadores descontavam os seus rendimentos para benefício de todos, cada um pagava o que podia formando uma espécie de “mealheiro” dos pescadores com uma função social muito forte.
As sucessivas crises do sector e o abandono da arte da pesca obrigaram a SCUPA a uma reconversão, virando a sua atuação para a preservação da memória, da cultura e da identidade da classe piscatória montijense.


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