Jovens são sensibilizados para o voluntariado em Alcochete

Alunos falaram da entreajuda, da partilha e da solidariedade na escola

O voluntariado e os programas europeus para a juventude foram o tema da sessão que se realizou ontem, no salão nobre do edifício dos paços do concelho, em Alcochete, com os alunos do 9º ano da Escola Secundária local. A vereadora da Educação, Desenvolvimento Social, Juventude e Movimento Associativo da autarquia ribeirinha disse que “o voluntariado é das atividades mais gratificantes para quem o pratica, ou seja, o cidadão/cidadã jovem que está disponível para ser voluntário e ajudar o próximo, consegue muitas vezes combater e colmatar as questões do isolamento e reforçar a sua auto-estima”, sublinhou Susana Custódio.
Alunos de Alcochete com "aula extra" na Câmara de Alcochete 

A vereadora da Educação, Desenvolvimento Social, Juventude e Movimento Associativo, deu início à reunião informal que contou ainda com a participação da professora aposentada e voluntária Eugénia Casadinho e dos técnicos municipais do Desenvolvimento Social, Juventude e Movimento Associativo.
Susana Custódio salientou que “o voluntariado é das atividades mais gratificantes para quem o pratica, ou seja, o cidadão/cidadã jovem que está disponível para ser voluntário e ajudar o próximo, consegue muitas vezes combater e colmatar as questões do isolamento e reforçar a sua auto-estima”. 
A autarca lembrou que hoje as novas tecnologias levam a que estejamos “mais próximos de quem está longe e mais longe de quem está próximo”, tornando-se necessário “estimular a proximidade através da afetividade, quer seja através de um toque ou de um sorriso”.
Para Susana Custódio, ser voluntário significa ainda “aceitar a diferença, aproximarmo-nos de quem é diferente de nós e aprendermos a valorizar essa mesma diferença”.
O papel da escola foi enfatizado pela técnica do Desenvolvimento Social e responsável pelo Banco Local de Voluntariado. “A escola tem um papel muito importante nas questões da participação cívica porque desde muito cedo se pode tentar incutir este interesse e estes valores nos jovens para que possam fazer algo por alguém que está próximo”, disse.
A técnica sublinhou ainda que Portugal é um país que está muito aquém do que se faz na Europa em termos do voluntariado e da participação cívica.

“Quando o ser é que nos faz felizes”
A experiência de vida esteve bem patente na intervenção da professora aposentada e voluntária Eugénia Casadinho. “O voluntariado tem sempre para mim, desde jovem, muita importância porque eu não sou feliz sozinha, só sou feliz se estiver feliz com os outros, em casa, na rua, na escola e na comunidade”, afirmou.
Para Eugénia Casadinho, vivem-se tempos em que há uma inversão de valores, porque é mais importante ter do que ser, “quando o ser é que nos faz felizes”.
A entreajuda, a partilha, a solidariedade na escola, o voluntariado junto dos colegas e professores, em casa, na rua, nas instituições e associações foram questões ainda abordadas por Eugénia Casadinho, que ilustrou as suas afirmações com exemplos práticos.
Depois, os técnicos municipais informaram os jovens dos programas europeus dirigidos à juventude e seguiu-se uma troca de ideias entre os participantes que resultou no propósito de aprofundar a colaboração entre todos no âmbito do voluntariado.

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