Intervenção nas encostas do Castelo de Palmela em 2017

"Jóia do concelho e da região" vai ficar mais seguro 

A Câmara de Palmela celebrou na quinta-feira, na Pousada do Castelo de Palmela, um protocolo de cooperação com a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, a Direção-Geral do Património Cultural, a ENATUR e o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, relativo à intervenção de natureza estrutural para evitar derrocadas nas encostas do Castelo de Palmela. Todas as entidades foram unânimes na satisfação pela formalização da parceria e pelo trabalho que ela representa, indispensável para a prevenção dos riscos e para preservação deste riquíssimo património comum. De grande complexidade técnica, prevê-se que a intervenção comece a ser preparada no terreno, através de trabalhos topográficos, arqueológicos, de sondagem ao longo do segundo semestre deste ano, com a obra a decorrer em 2017.
2,8 milhões para dar mais segurança às encostas do castelo 

O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, realçou a importância do Castelo de Palmela,  como sendo a "verdadeira jóia do concelho, da região e do país", que o município tem procurado que seja "um espaço vivido pela população e pelos milhares de visitantes", e lembrou o longo percurso desde a análise e diagnóstico às propostas e à conjugação de esforços entre os vários intervenientes, que se confirma com este protocolo.
Na ocasião, Álvaro Amaro revelou que a memória descritiva da intervenção mereceu, já, o parecer positivo da Autoridade Nacional de Proteção Civil e que a autarquia irá proceder, de imediato, à entrega da candidatura ao Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência do Uso dos Recursos.
Para o LNEC, representado pelo seu presidente, Carlos Pina, é de realçar que o suporte técnico que a instituição presta às entidades públicas seja, neste caso, aplicado na prevenção de acidentes, através de "um importante trabalho de diagnóstico e investigação, e de uma intervenção complexa, que irá mitigar o processo erosivo da encosta e permitirá o usufruto do monumento com maior segurança", diz o responsável do LNEC.
O presidente do Conselho de Administração da Enatur, Rui Mota, considera que esta parceria é "exemplo para outras situações semelhantes e merece ser replicada no país", agradecendo ao município por lutar pela segurança do Castelo de Palmela e, em particular, da Pousada.
Bernardo Alabaça, Subdiretor Geral da Direção-Geral do Tesouro e Finanças - proprietária do monumento – sublinhou o envolvimento das entidades responsáveis, bem como o empenho pessoal e das equipas para uma resolução do problema, e afirmou que o protocolo é "sinal de esperança para o que se pretende que seja o futuro".
Prevenção e cooperação são, para a Diretora Geral da Direção-Geral do Património Cultural, Paula Silva, palavras-chave deste processo, "traduzido numa obra difícil que tem que ser feita e que seria impossível de concretizar pelas entidades envolvidas, sem este esforço conjunto". 

Obra avança em 2017 
Protocolo foi assinado esta quinta-feira em Palmela
A candidatura ao POSEUR, no valor de dois milhões e 800 mil euros, está em fase de conclusão, sendo executada pela autarquia com fundos comunitários (85 por cento) e nacionais (restantes 15 por cento assumidos pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças).
Há vários anos e, sobretudo, a partir de 2012, a Câmara de Palmela impulsionou a criação de um grupo de trabalho, que integra várias entidades da Administração Central, que têm vindo a acompanhar a evolução das patologias identificadas nas encostas do Castelo. No final de 2013, o município passou a promover reuniões periódicas, no sentido de monitorizar a situação das encostas e procurar soluções técnicas e financeiras para uma intervenção de consolidação.
Após diversos contactos institucionais, sensibilizando para a urgência e gravidade da situação, a Administração Central abriu, a 2 de Outubro, um concurso destinado exclusivamente aos municípios de Palmela, Setúbal e Vila Nova de Gaia, com vista à apresentação de candidaturas relativas à mesma tipologia.
De grande complexidade técnica, prevê-se que a intervenção comece a ser preparada no terreno, através de trabalhos topográficos, arqueológicos, de sondagem e outros, ao longo do segundo semestre deste ano, com a obra a decorrer em 2017.



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