Barreiro Rocks arranca esta sexta-feira em três salas

15 anos do melhor rock do país 

O festival Barreiro Rocks arranca esta sexta-feira. Serão três dias de concertos, exposições e cinema, no Barreiro, com a presença de 24 artistas que vão mostrar a vitalidade crescente da música portuguesa nesta instituição rock’n’roll (com acento agudo no garage) que celebra 15 anos de vida de sexta a domingo no sítio do costume, o pavilhão do Grupo Desportivo Ferroviários, e em dois novos locais: a Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios e a antiga escola primária Conde de Ferreira. O evento conta como apoio da Câmara local, foi distinguida com o galardão “Barreiro Reconhecido – Arte e Cultura” em 2014. Realizado no Barreiro desde 2000, é considerado um dos festivais mais carismáticos da Europa. Os bilhetes têm um custo de 15 euros para esta noite, 20 euros para sábado e 10 euros  para o dia 6. No entanto, para os interessados em marcar presença nos três dias, o preço tem um custo de 30 euros. 
O maior festival de rock do país realiza-se este fim de semana 

Quando nos sentámos para assistir à estreia nacional do documentário Barreiro Rocks, da autoria de Eduardo Morais, percebemos que fibra tem o Rock que se celebra, ano após ano, na cidade do Barreiro; o Rock “sem tretas”, sem vedetismos.
Não nos espanta ser considerado um dos festivais mais icónicos da Europa nos dias que correm. O envolvimento do público, da comunidade local e da comunhão do espírito do Rock cru, puro e duro são factores preponderantes que fazem do Barreiro Rocks a forma mais seriamente divertida e certeira de combater o gelo de Dezembro. Tais características valeram este ano a distinção EFFE (Europe for Festivals, Festivals for Europe) e ainda a primeira nomeação para “Melhor Festival Estrangeiro” nos UK Festival Awards, onde apenas outro festival português foi nomeado.
Como são 15 anos de Barreiro Rocks, a programação tem-se estendido para celebrar. Depois de festas de apresentação no Porto, em Loulé, em Rio Maior e Lisboa, o Rock volta agora à cidade que o celebra como mais nenhuma em Portugal. O Barreiro Rocks acontece já este fim de semana em três espaços da cidade: no Pavilhão do G.D. Os Ferroviários, na Escola Conde de Ferreira, no Centro de Produção e Participação Artística e ainda na Associação Desenvolvimento Artes e Ofícios.

O cartaz e o mito... 
Este é mesmo um festival à parte. Quem o diz? “Estava no sofá e o Carlos perguntou-me ‘queres ir tocar ao Barreiro Rocks?’ e eu respondi ‘claro que quero, isso nem se pergunta”, diz ao jornal Público, Carolina Brandão, 21 anos, dos portuenses The Sunflowers, duo de garage rock em  ascensão completado por Carlos de Jesus, 22, que quer ir ao festival “desde 2010, quando foi o Ty Segall”.
“De todos os festivais que existem em Portugal, o primeiro que punha na lista era o Barreiro Rocks”, confessa Shelley Barradas, 32 anos, que se estreia lá em dose dupla com Clementine e Vaiapraia & As Rainhas do Baile, bandas com postura feminista, inspiradas no movimento riot grrrl (mas não só), “para mostrar também que o rock não é definido por questões de género”.
O alinhamento do festival acaba por receber alguns dos nomes mais importantes deste percurso que começou em 2000. À cabeça surgem The Parkinsons e Los Chicos, mas repetem-se também as presenças de Fabuloso Combo Espectroe D3Ö, para além dos “caseiros” Fast Eddie Nelson e Los Santeros e o regresso do norte-americano DJ Shimmy. 
Atenção também à primeira passagem em Portugal de The Baron 4 e The Jay Vons e ainda a vinda do super fuzz dos japoneses The Routes para encerrar a primeira noite.
E como no Barreiro ninguém anda a dormir, o cartaz conta também, como habitual, alguns dos mais interessantes projectos nacionais emergentes.Cave Story, Mighty Sands, The Sunflowers, The Brooms e 800 Gondomar são apenas alguns das bandas que "aquecem" as noites frias deste Dezembro na cidade.
Conheça toda a programação na página oficial do Barreiro Rocks.

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