Câmara de Santiago do Cacém quer mais médicos cubanos

20 por cento dos utentes não tem médico de família 

O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, defendeu ontem que são necessários mais clínicos cubanos no concelho para responder aos “mais de 20 por cento da população que ainda não dispõe de médico de família”. Álvaro Beijinha disse esperar que o reforço do número de médicos de Cuba se concretize “o mais rapidamente possível”, até porque as autarquias manifestaram à embaixadora “a sua contínua disponibilidade para cederem casas” para alojar os clínicos, tal como “tem sido feito até agora”. O Litoral Alentejano conta, nesta fase, com 12 médicos ao abrigo do acordo entre Portugal e Cuba.
Embaixadora de Cuba visitou Hospital do Litoral Alentejano 

“Continuamos com mais de 20 por cento de pessoas sem médico de família, no concelho e no litoral alentejano. No caso de Santiago do Cacém, já tivemos quatro médicos cubanos, mas agora só temos três”, pelo que “precisamos de mais médicos”, argumentou o autarca.
Álvaro Beijinha falava  à agência Lusa a propósito de uma visita da embaixadora de Cuba em Portugal, Johana de la Torre, ao Hospital do Litoral Alentejano, situado no concelho de Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal.
Segundo o autarca, na reunião com a embaixadora, os municípios do litoral alentejano, onde se encontram, atualmente, “12 médicos cubanos”, realçaram a necessidade de poderem contar com mais clínicos.
“A embaixadora manifestou a total disponibilidade de Cuba para reforçar o contingente” de clínicos na região, informando ainda que o acordo com o Estado português “prevê a possibilidade de chegar aos 100 médicos”.
Atualmente, “só estão 62 médicos cubanos em Portugal, sobretudo no Alentejo e no Algarve. Por isso, há aqui uma margem que possibilita poderem vir mais cerca de 40 médicos”, realçou o presidente da Câmara de Santiago do Cacém.
“Esta disponibilidade de Cuba para reforçar o contingente de médicos já foi colocada ao agora ministro da Saúde [Fernando Leal da Costa], mas o processo está um pouco parado, tendo em conta o impasse governativo que o país vive”, afirmou.
Álvaro Beijinha disse esperar que o reforço do número de médicos de Cuba se concretize “o mais rapidamente possível”, até porque as autarquias manifestaram à embaixadora “a sua contínua disponibilidade para cederem casas” para alojar os clínicos, tal como “tem sido feito até agora”.
“O que queremos é mais médicos no concelho, porque os concursos que a Administração Regional de Saúde do Alentejo vai abrindo ficam vazios. Queremos é que toda a população tenha médico de família”, concluiu Álvaro Beijinha.


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