Palmela tem a água mais barata da região

Município investe forte na gestão da água e do saneamento básico 

A Matriz da Água do Concelho de Palmela 2014 – documento que reúne a informação fundamental sobre a água no território – já está disponível no site do Município. Esta publicação revela o desempenho do concelho, no ano passado, e identifica prioridades e estratégias de intervenção que permitem gerir a água de forma sustentada, envolvendo os consumidores num esforço comum. De acordo com um estudo da Associação de Defesa do Consumidor, o preço da água, do saneamento e recolha de resíduos no concelho de Palmela é o mais barato na Área Metropolitana de Lisboa e está muito abaixo da média tarifária a nível nacional. Ao mesmo tempo, a autarquia anuncia um investimento, de quase 150 mil euros, na remodelação e ampliação das redes. Uma das obras decorre na Quinta do Anjo e outra na Carregueira, uma zona rural da freguesia de Pinhal Novo. 
Palmela tem da água mais barata da Área Metropolitana de Lisboa

"Palmela é o concelho que disponibiliza os serviços de abastecimento de água, saneamento e recolha de resíduos com o tarifário mais baixo da Área Metropolitana de Lisboa e está muito abaixo da média tarifária a nível nacional, segundo dados recentemente publicados pela Associação de Defesa do Consumidor", diz a autarquia em comunicado.
O município  de Palmela "tem água de grande qualidade, acessível, numa rede de distribuição de quase 600 km, com uma taxa de cobertura de 100 por cento nos aglomerados populacionais e 97 por cento no conjunto do concelho", refere a autarquia liderada por Álvaro Amaro. A taxa geral de cobertura da rede de saneamento, com uma extensão de cerca de 200 km, é de 82 por cento e a autarquia continua a estender e a qualificar a rede.
A gestão da água e redes de saneamento do "nosso território assenta numa base de autonomia que as condições naturais e o investimento municipal têm propiciado. A quase totalidade da água consumida é captada no concelho de Palmela, o que constitui uma grande autonomia no que respeita ao abastecimento", diz Álvaro Amaro. "A reabilitação e ampliação das redes de águas e de saneamento em todo o concelho, a sensibilização da população para o seu uso eficiente e o combate às perdas de água terão de continuar a ser linhas essenciais na estratégia de defesa e sustentabilidade da água", conclui o autarca.
O documento Matriz da Água do Concelho de Palmela 2014 pode ser consultado no site oficial da Câmara de Palmela 

Palmela investe na remodelação e ampliação das redes
Teve início, a semana passada, a obra de remodelação da rede de abastecimento de água das ruas D. Dinis e Afonso de Albuquerque, em Quinta do Anjo, numa extensão de cerca de 500 metros. Trata-se de uma obra incluída numa empreitada de remodelação e ampliação, no valor de 61 mil euros. "Esta empreitada incluiu a ampliação de um troço da Rua Francisco Assunção Pinho, no Lau, numa extensão de 550 metros e a remodelação da rede, na Rua Marcolino Júlio da Costa, em Cabanas, numa extensão de 50 metros", diz a Câmara de Palmela ao ADN.
No que respeita ao saneamento, está em curso a obra de prolongamento da rede (esgotos domésticos) na rua 25 de Abril, na Carregueira, freguesia de Pinhal Novo. Trata-se da construção de um coletor doméstico com cerca de 180 metros e 18 ramais, integrada numa empreitada mais vasta, no valor de cerca de 86 mil euros.
Dessa empreitada, fazem parte outras obras de prolongamento e remodelação, entre as quais a Rua 1.º de Maio, também na Carregueira, e a Rua José Luís Cipriano, em Quinta do Anjo.

Empreitada de limpeza e desobstrução de linhas de água em curso
No âmbito do Plano Anual de Intervenção na Rede Hidrográfica do concelho, a Câmara de Palmela está a promover uma empreitada de limpeza e desobstrução de linhas de água, no valor global de cerca de 38 mil euros. Os trabalhos estão a decorrer na Ribeira do Livramento, na Baixa de Palmela, estando previstas outras intervenções para o Pinhal Novo, Venda do Alcaide, Lagoinha, Ribeira de Palmela, Quinta do Anjo, Brejos do Assa, Vale de Touros e Aires.
As intervenções visam a remoção de detritos (vegetais e materiais sólidos), bem como o corte das partes aéreas da vegetação que possam obstruir o fluxo ao longo da linha de água, e são feitas de acordo com as indicações da Agência Portuguesa do Ambiente. Serão, ainda, asseguradas outras intervenções que possam surgir, de modo a garantir o adequado escoamento hidráulico.
A autarquia recorda que, de acordo com a legislação em vigor, "a responsabilidade da execução das ações de limpeza e obstrução é dos municípios nos leitos dos cursos de água nos aglomerados urbanos; dos proprietários nas margens particulares nos aglomerados urbanos, nos leitos dos cursos de água e nas margens particulares fora dos aglomerados urbanos; dos organismos dotados de competência, própria ou delegada, para a gestão dos recursos hídricos na área, nos demais casos".
Assim, explica a autarquia, "são igualmente necessárias intervenções dos proprietários, que deverão seguir as indicações da Administração da Região Hidrográfica correspondente (agora integradas na Agência Portuguesa do Ambiente), acima descritas".

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