Obras no telhado na Escola do Barreiro ainda não começaram

700 alunos não sabem quando podem voltar às aulas 

A direção da escola Alfredo da Silva, no Barreiro, aguarda a autorização do Ministério da Educação para iniciar as obras na cobertura, que voltou a cair devido ao mau tempo no sábado. "As obras estavam previstas começar hoje, mas não iniciaram, pois a Direção Regional dos Estabelecimentos de Ensino informou que terei de ser eu a iniciar os procedimentos. Já solicitei à empresa um novo orçamento e vamos enviar para aquele organismo para que depois possam começar as obras", disse à agência Lusa Ana Paula Costa, diretora do estabelecimento de ensino. A escola tem cerca de 700 alunos que, já este mês ficaram 10 dias sem aulas devido à queda do telhado. Pais, alunos e professores vão esta manhã ao Ministério da Educação.
Obras de recuperação do telhado preocupa comunidade escolar 

A responsável da escola explicou que a empresa, que tinha previsto iniciar esta segunda-feira os trabalhos na parte da cobertura agora afetada e que efetuou as últimas obras, já esteve na escola no sábado para analisar os estragos e avaliar quais as necessidades de intervenção.
"A empresa já me contactou esta segunda-feira, o orçamento está feito e será enviado para a DGeSTE - Direção Regional dos Estabelecimentos de Ensino. Esperamos que as obras possam avançar o mais rápido possível", adiantou a directora da Escola.
Os ventos fortes registados no sábado fizeram com que parte do telhado da Escola Alfredo da Silva, no Barreiro, frequentada por cerca de 700 alunos, voasse, sendo esta a terceira vez que tal acontece desde as obras nas coberturas realizadas no ano passado. A escola tinha reaberto na quinta-feira, depois de mais de uma semana em que esteve encerrada devido à queda de uma parte da cobertura. No sábado caiu a outra parte da cobertura e a escola está de novo encerrada. 
"A parte que caiu foi a que não foi intervencionada recentemente. Decidimos reabrir na quinta-feira, mas não colocámos em risco ninguém na escola, porque a zona que cedeu no sábado já estava interdita por precaução. A nossa preocupação era possibilitar o regresso dos alunos às aulas", afirmou. Ana Paula Costa disse ainda que vai exigir que sejam dadas garantias de que as obras estão efetuadas e que estão acauteladas todas as questões de segurança. 
"Não fujo das minhas responsabilidades, mas não serei eu a assumir a responsabilidade pela boa ou má qualidade dos trabalhos, porque não tenho competência para tal. Terá de ser a DGeSTE ou outra entidade a garantir todas as condições", frisou.
Durante a manhã de ontem realizou-se uma reunião que envolveu docentes, não docentes e alunos da escola. "Foi uma reunião espontânea, onde foi manifestado apoio e solidariedade para com a direção. Decidiram realizar esta terça-feira um encontro à porta da escola para depois se deslocarem a Lisboa, ao Ministério da Educação, para entregar um documento a demonstrar a preocupação que existe com a situação da infraestrutura", acrescentou a responsável da escola. 


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